Vítimas de violência doméstica podem ter mais vagas de emprego

por Mariana Aquino*, especial para a CMC. | Revisão: Celso Kummer** — publicado 16/09/2025 09h20, última modificação 02/12/2025 15h12
Projeto de Delegada Tathiana Guzella pretende estabelecer uma política de inclusão das mulheres vítimas de violência doméstica no mercado de trabalho de Curitiba.
Vítimas de violência doméstica podem ter mais vagas de emprego

Inicitiva quer proporcionar mais oportunidade de autonomia financeira as mulheres vítimas de violência doméstica em Curitiba. (Foto: Michelle Stival/ CMC)

*O projeto de lei foi arquivado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) em 23 de setembro.

A vereadora Delegada Tathiana Guzella (União) apresentou um projeto de lei, na Câmara Municipal de Curitiba (CMC), que prevê acrescentar um artigo na lei municipal
15.972/2022 para incluir mulheres vítimas de violência doméstica no mercado de trabalho local (005.00473.2025). A iniciativa estabelece que as empresas prestadoras de serviços à Prefeitura deverão priorizar no mínimo 3% de suas vagas para as mulheres em situação de violência doméstica

Segundo a Delegada Tathiana, além da compatibilidade entre a vaga e o perfil profissional da vítima, é necessário que os contratos firmados sejam no valor igual ou superior a R$100 mil e com o tempo de contrato de seis meses. Para que as mulheres participem do processo de seleção de vagas, as empresas devem publicizar a oferta desses postos de trabalho, nos termos da lei. 

A reserva de vagas em contratos firmados com o Poder Público é uma forma eficaz de induzir políticas de responsabilidade social e de enfrentamento à violência de gênero”, destacou a Delegada Tathiana na justificativa do projeto. A vereadora acrescenta que medida semelhante foi aprovada no município de União da Vitória (PR), que destinou vagas de emprego para as mulheres vítimas de violência doméstica e familiar.  

Para justificar a necessidade do projeto de lei, Delegada Tathiana disse que a parceria entre as empresas e o município oferece uma oportunidade de autonomia financeira às mulheres que sofrem algum tipo de violência em seus lares. “Ao incorporar essa reserva percentual na legislação municipal, o Município de Curitiba estará seguindo práticas positivas já adotadas por outras regiões, fortalecendo o compromisso institucional com a igualdade de gênero e a proteção das mulheres em situação de vulnerabilidade”, concluiu a vereadora. 

A iniciativa foi protocolada no dia 17 de junho e aguarda o parecer da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Caso a iniciativa seja aprovada pelos vereadores e sancionada pelo prefeito, a lei começa a valer após a data de publicação no Diário Oficial do Município.

Clique na imagem abaixo para entender como funciona a tramitação de um projeto de lei na CMC.

*Matéria elaborada pela estudante de Jornalismo Mariana Aquino*, especial para a CMC.
Supervisão do estágio: José Lázaro Jr.
Edição: José Lázaro Jr. 

**Notícia revisada pelo estudante de Letras Celso Kummer
Supervisão do estágio: Ricardo Marques