Câmara de Curitiba lamenta mortes de ex-vereadores Betenheuser e José Felinto

por José Lázaro Jr. | Revisão: Alex Gruba — publicado 08/08/2022 10h30, última modificação 08/08/2022 10h48
Eles foram membros da 9ª legislatura, que durou seis anos e foi a última antes da redemocratização do Brasil.
Câmara de Curitiba lamenta mortes de ex-vereadores Betenheuser e José Felinto

Da esquerda para a direita, Betenheuser e Felinto, ex-vereadores de Curitiba. (Fotos: Divulgação/Coritiba e Arquivo/CMC)

Nesta segunda-feira (8), a Mesa Diretora da Câmara Municipal de Curitiba (CMC) lamentou as mortes dos ex-vereadores Luiz Carlos Betenheuser e José Severino Felinto.  Ambos foram membros da 9ª legislatura, de 1983 a 1988, que durou seis anos, mais que as demais, por ser o período de transição da ditadura militar para a redemocratização do Brasil. Betenheuser foi eleito aos 50 anos de idade, pelo PDS, com 3.962 votos. Zé Felinto, aos 30 anos, ingressou na CMC pelo PMDB, com 4.186 votos. As mortes foram lamentadas em plenário por Tico Kuzma (Pros), presidente da CMC, e por Tito Zeglin (PDT), segundo vice-presidente, que ingressou no Legislativo com Betenheuser e Felinto, em 1983.

Ex-membro da diretoria do Banestado e ligado ao Coritiba Football Club, Betenheuser era sócio remido do time e foi conselheiro do Coxa durante o mandato do ex-presidente Evangelino Costa Neves. O Coritiba emitiu uma nota de pesar pelo falecimento do seu torcedor. Em 2020, completou 50 anos de Maçonaria, sendo agraciado com a Comenda da Ordem do Mérito de Dom Pedro I do Grande Oriente do Brasil. Natural da cidade paranaense de Ortigueira, foi homenageado pela CMC com o título de Cidadão Honorário de Curitiba, por iniciativa do ex-vereador Mário Celso Cunha, há 28 anos (lei 8.469/1994).

Sindicalista de expressão nacional, José Felinto foi presidente da Confederação Nacional dos Usuários de Transportes Coletivos, Rodoviário, Ferroviário, Hidroviário e Aéreo (Conut). Ele não concluiu o mandato na CMC, pois em 1986 foi eleito para uma cadeira na Assembleia Legislativa do Paraná, onde permaneceu até 1991, passando então à Câmara dos Deputados, assumindo como suplente, lá ficando até 1994. Em Brasília, fez denúncias contra mau uso de dinheiro público em estatais e se notabilizou na imprensa brasileira ao ser quem lançou, em 1987, a candidatura de Silvio Santos à presidência da República. Em 2013, depôs na CPI do Transporte na Câmara de Curitiba, criticando os ônibus da capital.

Restrições eleitorais
Em respeito à legislação eleitoral, a comunicação institucional da CMC será controlada editorialmente até o dia 2 de outubro. Nesse período, não serão divulgadas informações que possam caracterizar uso promocional de candidato, fotografias individuais dos parlamentares e declarações relacionadas a partidos políticos, entre outros cuidados. As referências nominais serão reduzidas ao mínimo razoável, de forma a evitar somente a descaracterização do debate legislativo. 

Ainda que a Câmara de Curitiba já respeite o princípio constitucional da impessoalidade, há dez anos, na sua divulgação do Poder Legislativo, publicando somente as notícias dos fatos com vínculo institucional e com interesse público, esses cuidados são redobrados durante o período eleitoral. A cobertura jornalística dos atos do Legislativo será mantida, sem interrupção dos serviços de utilidade pública e de transparência pública, porém com condicionantes (saiba mais).