Modalidade genuinamente curitibana, o futebol de saco é reconhecido por lei na capital paranaense desde 2016, mas precisou de um ajuste, aprovado pela Câmara Municipal de Curitiba (CMC) no final do primeiro semestre. Antes, a lei municipal 14.784/2016  utilizava o termo “futsac” para denominar o esporte. Agora, após a atualização, este passa a ser chamado oficialmente de “futebol de saco”.

O projeto de lei (005.00409.2025), que fez ajustes na legislação, passou pelo crivo do plenário nos dias 10 e 11 de junho, dando origem à  lei 16.533/2025, em vigor desde o dia 16 do mesmo mês. A norma original, de 2016, foi proposta pelo ex-vereador Felipe Braga Côrtes, e sua atualização foi de iniciativa do vereador João da 5 Irmãos (MDB). A tramitação ocorreu em regime de urgência.

O parlamentar explicou que a mudança da nomenclatura foi necessária porque o nome “futsac” foi registrado no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) em 2015, fazendo referência à marca das bolas usadas no jogo, mas não à modalidade esportiva. Por isso, foi preciso garantir segurança jurídica à prática esportiva, em função de uma disputa judicial com uma desenvolvedora norte-americana de jogos eletrônicos, em tramitação no Tribunal Regional Federal da 2ª Região, no Rio de Janeiro.

O que é o futebol de saco?

O futebol de saco foi criado em 2002 pelo professor curitibano Marcos Juliano Ofenbock, também conhecido por fomentar a história do Pirata Zulmiro, após uma viagem de intercâmbio à Austrália, em 1998. A modalidade é reconhecida pelo Ministério do Esporte desde 2014.

Uma mistura de futebol, futevôlei e tênis, o futebol de saco é praticado com uma bola de 50 gramas, revestida de crochê e recheada com plástico granulado reciclado. As partidas podem ser disputadas individualmente ou em duplas. O objetivo é passar a bolinha sobre a rede e derrubá-la no campo adversário, sem usar as mãos e os braços. Os movimentos podem ser feitos com os pés, a cabeça e o tronco.