Vereador quer instituir Prêmio Pablo Neruda

por Assessoria Comunicação publicado 01/09/2004 00h00, última modificação 14/05/2021 09h14

Projeto de lei do vereador Adenival Gomes que institui em Curitiba o Prêmio Pablo Neruda de Direitos Humanos está em análise pela Comissão de Educação, Cultura Bem Estar Social e Ecologia da Câmara Municipal. A homenagem, conforme a proposta, deverá ser outorgada pela Casa a cada dois anos, a pessoas ou entidades não governamentais que tenham se destacado na luta pelo direito à liberdade ideológica, de credo religioso, de opinião, pela democracia e pela justiça social.
O documento determina que cada vereador poderá apresentar uma indicação, acompanhada de justificativa escrita que evidencie o mérito do homenageado e que será submetida à apreciação da Comissão competente, que, considerando a proposta apta, apresentará projeto de Decreto Legislativo.
O projeto prevê, também, que o prêmio será outorgado em forma de diploma e troféu a ser entregue, preferencialmente, no dia 12 de julho, dia do nascimento do poeta chileno, em solenidade na Câmara.
O poeta
Nascido na cidade de Parral em 1904, Neftalí Reyes Basualto se tornou Pablo Neruda antes de completar 15 anos, quando escreveu seus primeiros versos. De “20 Poemas de Amor e uma Canção Desesperada” até os “Versos do Capitão”, a poesia do chileno trata do cosmos, da água, do ar, das raízes históricas ou dos problemas do homem simples e das relações humanas.
Em 1945, foi eleito senador, integrando a coalizão Progressista Nacional. Naquele ano, aderiu formalmente ao Partido Comunista. Quando o partido foi proibido, em 1948, fugiu para a Argentina e de lá seguiu para a Europa, onde viveu durante cinco anos no exílio entre Itália, França e outros países.
Ao voltar ao Chile, foi candidato à presidência, em 1969, mas desistiu da candidatura em favor do líder socialista Salvador Allende, que venceu a eleição. Durante o governo de Allende, foi embaixador do Chile na França e recebeu o Prêmio Nobel de Literatura.
Retornou ao Chile em 1973 e refugiou-se em sua casa de praia, onde morreu, vítima de câncer, aos 69 anos, no dia 23 de setembro do mesmo ano, duas semanas depois da morte de Allende.