Rodas de Conversa e semana da Doença de Parkinson agora são lei em Curitiba

por José Lázaro Jr. | Revisão: Vanusa Paiva — publicado 12/05/2022 18h35, última modificação 13/05/2022 08h23
Os projetos, de Flávia Francischini e de Pier Petruzziello, aprovados em abril, foram sancionados e publicados em diário oficial.
Rodas de Conversa e semana da Doença de Parkinson agora são lei em Curitiba

Objetivo do programa Rodas de Conversa é aperfeiçoar o ambiente escolar para crianças com deficiência. (Foto: Arquivo/CMC)

Desde o dia 6 de maio, a capital do Paraná tem uma nova lei para promover a inclusão de estudantes com deficiência na rede municipal de educação. A lei 15.989/2022 institucionaliza o programa conhecido como Rodas de Conversa, conforme foi chamado pela autora, Flávia Francischini (União), que consiste em criar espaços de diálogo entre os jovens, seus pais e responsáveis, professores, funcionários da unidade educacional e profissionais do atendimento especializado. A ideia é que a interação aperfeiçoe práticas pedagógicas e melhore o ambiente escolar. 

“Receber a orientação desses especialistas fará toda diferença nas famílias”, defendeu, em plenário, Flávia Francischini, no dia 11 de abril, quando seu projeto foi aprovado em primeiro turno (005.00081.2021 com substitutivo geral 031.00047.2021). “Como mãe de uma criança autista, eu sei como é importante o diagnóstico precoce e saber cuidar e falar a mesma língua da criança. Imagino como os pais podem ficar desesperados sem orientação correta, deixando para a escola essa responsabilidade”, justificou a vereadora. A lei está sujeita à regulamentação do Executivo para ser efetivada em Curitiba.

As rodas de conversa deverão abordar a problemática da inclusão dos estudantes com deficiência, ouvir e encaminhar as sugestões e preocupações dos familiares e propor ajustes no planejamento escolar especializado, buscando a integração entre esses cuidados e o ensino regular. A iniciativa de Flávia Francischini prevê que essa interação dos especialistas com o ambiente e comunidade escolar seja base para campanhas de conscientização e que violações de direitos denunciadas nas rodas de conversa sejam levadas aos Conselhos Tutelares.

Semana da Tulipa Vermelha
Foi sancionada pelo prefeito Rafael Greca a criação da Semana da Tulipa Vermelha, que será realizada pela primeira vez no ano que vem, graças à lei municipal 15.998/2022. Serão sete dias com atividades de conscientização sobre a doença de Parkinson, englobando a data de 11 de abril, que é a referência internacional para a campanha. Na Câmara de Curitiba, Pier Petruzziello (PP) foi o autor do projeto que resultou na institucionalização da campanha na capital do Paraná  (005.00188.2021).

Petruzziello explicou, em plenário, no dia 26 de abril, quando a proposta foi aprovada em primeiro turno na CMC, o motivo da data escolhida e a simbologia da flor. Foi no dia 11 de abril que foi publicado o primeiro artigo científico sobre a doença, pelo médico James Parkinson, no ano de 1817. Já a tulipa vermelha é referência a uma flor especialmente desenvolvida pelo botanista holandês Van der Wereld, em 1981, para homenagear James Parkinson, que é caracterizada por ser bicolor, com detalhes brancos nas extremidades das pétalas vermelhas. Wereld tinha a doença.