No aniversário de 102 anos de João Paulo II, CMC tem solenidade

por Pedritta Marihá Garcia | Revisão: Vanusa Paiva — publicado 19/05/2022 00h20, última modificação 19/05/2022 08h59
Prêmio Papa João Paulo II foi entregue na noite desta quarta-feira (18). Honraria foi instituída em 2006.
No aniversário de 102 anos de João Paulo II, CMC tem solenidade

Legado do Papa João Paulo II foi destacado por padre João Luiz Borges, em nome dos homenageados. (Foto: Carlos Costa/CMC)

Das 22 personalidades indicadas para receberem o prêmio Papa João Paulo II este ano, 15 estiveram na Câmara Municipal de Curitiba (CMC) na noite desta quarta-feira (18) para a sessão solene que marcou a entrega da honraria. A premiação é destinada àquelas que se destacam em ações de apoio à Igreja Católica Apostólica Romana e leva o nome de João Paulo II, único pontífice da história a visitar a capital paranaense.

Realizada presencialmente no Palácio Rio Branco – e transmitida pelas redes sociais –, a solenidade contou com a presença do vice-governador do Paraná, Darci Piana; e do superintendente do Instituto Municipal de Turismo (IMT), Paulo Cesar Nauiack, representando o prefeito Rafael Greca. Também teve a participação do Coral Cecilianista de Santo Atanásio, com repertório de músicas sacras, e a exibição de um vídeo que relembrou a passagem do pontífice por Curitiba, em 1980.

A mesa de trabalhos foi conduzida pelo vice-presidente da CMC, Tito Zeglin (PDT), e foi formada, ainda, por Flávia Francischini (União), primeira-secretária; Professora Josete (PT), segunda-secretária; Mauro Ignácio (União), quarto-secretário; e padre João Luiz Borges Lemos, representando todos os homenageados.

O prêmio foi instituído pelo Legislativo em 2006 – por meio da lei municipal 11.765/2006, já revogada – e hoje é regulamentado pela lei complementar 109/2018. Este ano, a Câmara Municipal indicou 22 personalidades para receberem a honraria (decreto legislativo 05/2022). A condecoração é entregue às pessoas físicas e jurídicas não governamentais que se destacaram no último ano em atividades de apoio às causas defendidas pela Igreja Católica.

Em nome do Legislativo, Tito Zeglin relembrou a trajetória de São João Paulo II, que dá nome à premiação. “Nenhum homem, nenhuma mulher de boa vontade pode esquivar-se ao compromisso de lutar para vencer o mal com o bem. É uma batalha que se combate validamente com as armas do amor. E onde reina o amor, sem dúvida nenhuma, reina a paz”, disse, parafraseando o pontífice. Segundo o vereador, a mensagem foi dada pelo Papa no Dia Mundial da Paz, em 2005.

“Todos [os homenageados] são testemunhas da igreja viva, em unidade e em comunidade, indo ao encontro do próximo, dos mais necessitados, crescendo na fé e vivendo na comunhão de Deus. Hoje, João Paulo II faria 102 anos”, completou o vereador. “O papa foi uma figura familiar em todo o mundo, capaz de atrair multidões de até 4 milhões de pessoas. Sua grande missão [foi a de] ser um anunciador do evangelho. Sempre usou seu cargo para chamar a atenção para o drama dos mais necessitados e oprimidos. Seu legado é imensurável, sendo aclamado como um dos maiores líderes do século passado".

“João Paulo II visitou mais de 120 países no mundo, levando a mensagem católica, mas, sobretudo, uma mensagem de paz e união entre os povos. Aqui, no Paraná, no Couto Pereira, mais de 60 mil pessoas estavam presentes [na missa realizada por João Paulo II, em 1980. O maior número de pessoas, em um recinto fechado, em todo o estado, até hoje”, relembrou o vice-governador, Darci Piana. Segundo ele, como cristão, católico apostólico romano, foi importante ver a Câmara homenagear “abnegados filhos e filhas de Deus, que tão bem fazem a seus próximos, seja em obras sociais seja em sacerdócio”.

Quem foi agraciado
Dos 22 indicados para receberem o Prêmio Papa João Paulo II em 2022, 15 estiveram na solenidade. Foram eles: padre Eguione Nogueira Ricardo, homenageado de Carol Dartora (PT); padre João Luiz Borges Lemos, de Flávia Francischini; frei Gilson de Lima Freitas, escolhido por Hernani (PSB); Julio César Lisbôa Maldonado, de João da 5 Irmãos (União); Marcelo Bigardi, indicado por Jornalista Márcio Barros (PSB); e Pedro Rafael Ioungblood, homenageado de Mauro Bobato (Pode).

Também receberam a premiação ontem: Carlos Luiz Bacheladenski, de Mauro Ignácio; Eliezer Teixeira, escolhido por Nori Seto; frei João Nilson Dantas Barbosa, indicado por Oscalino do Povo (PP); Josemar Czornei, de Osias Moraes (Republicanos); padre Lédio Milanez, de Professora Josete; Rozalina de Paula, de Sidnei Toaldo (Patriota); Representação Central da Comunidade Brasileiro - Polonesa Do Brasil - Braspol, de Tito Zeglin (PDT); e Anadir Miguel Jabonski, indicado por Zezinho Sabará (União).

=> Confira todas as imagens da sessão solene no Flickr da CMC. 

Em nome dos homenageados, padre João Luiz Borges Lemos também destacou o legado de João Paulo II para a Igreja Católica e para os cristãos. “Entre tantas coisas, o que mais me marcou [em seu pontificado] foi sua vida missionária. E talvez seja isso que me impulsiona a sair pelo mundo e pregar o evangelho. Em todos os tempos foi o papa que mais países visitou, para levar sua mensagem".

“[São João Paulo II foi] o papa peregrino do amor. Seu primeiro gesto ao pisar em solo estrangeiro era abaixar-se para beijar a terra daquela nação, daquele povo. Seu beijo sempre foi um ato sublime, de quem vem para amar, sem colocar medidas para o amor. Ele desejava levar a todos a mensagem de Deus, que é o amor. Sempre com franqueza e misericórdia. Sem omitir a verdade que liberta, que é Jesus Cristo”, disse o padre. A premiação, complementou, reconhece “trabalhos, histórias e pessoas” e por “trás de cada homenageado, certamente tem uma multidão”.

O decreto legislativo que concede o prêmio também lista as seguintes personalidades: Reonaldo Luiz Pizoni, escolhido por Dalton Borba (PDT); Bernardo Pires Küster, indicado por Eder Borges (PP); José Carlos Fonsatti, de Herivelto Oliveira (Cidadania); padre Manoel Messias Vilela, de Leonidas Dias (Solidariedade); padre Hermes Pergher, escolhido por Marcos Vieira (PDT); Emily Luci Buch, de Noemia Rocha (MDB); Humberto Ferreira Pontes Filho, indicado por Professor Euler (MDB); e Associação Pequena Obra Franciscana, indicada por Tico Kuzma (Pros).