Em sugestão ao Executivo, Zé Maria pede "motofaixas"

por Assessoria Comunicação publicado 17/10/2014 13h20, última modificação 27/09/2021 11h46

No dia 7 de outubro, a Câmara Municipal encaminhou ao Executivo uma sugestão do vereador Zé Maria (SD) em que ele pede a implantação, no sistema viário de Curitiba, de “motofaixas” - espaço destinado aos motociclistas na frente dos carros e antes da faixa de pedestres ou área de travessia, em cada semáforo (201.00211.2014). “Melhoraria a visibilidade dos motoristas”, defende o parlamenar.

“A largada do semáforo ficaria mais segura”, explica Zé Maria, “pois com a saída das motocicletas na frente, os motoristas teriam mais espaço para fazer mudanças de faixa e não precisariam disputar espaço como ocorre atualmente. Claro que a medida não é totalmente resolutiva, perante as diferentes situações do cotidiano do trânsito, mas está sendo adotada com bons resultados em diversas capitais e cidades de grande porte”.

Além da segurança aos motoristas, argumenta o vereador, a “motofaixa” reduz o número de acidentes envolvendo motos e pedestres nos cruzamentos. “A iniciativa é bem-vista por institutos nacionais, entre eles, o SobreMotos – uma organização da sociedade civil voltada para a pesquisa e estudos da problemática viária e para o ensino especializado para motociclistas”, informa Zé Maria.

Na justificativa da proposição, que não tem valor impositivo, como um projeto de lei, mas é oficialmente registrada junto à Prefeitura de Curitiba, o vereador enumera dados oriundos do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran). Diz que as motos são 27% da frota no Brasil –  de 82,8 milhões de veículos, 21,9 milhões são motocicletas.

“Em número de acidentes com vítimas fatais, Curitiba registra mais ocorrências que as cidades de São Paulo e Rio de Janeiro”, alerta o vereador. A capital do Paraná tem 3,7 óbitos para cada 100 mil habitantes, enquanto o índice dessas duas outras cidades, respectivamente, é de 0,9 e 0,4 motociclistas mortos. “Entre as mortes no trânsito, aquelas causadas por moto aumentaram proporcionalmente em Curitiba, de 8,5% para 26,5% desde os anos 2000”, afirma.