Criação do programa Saúde do Catador já pode ser votado

por Marcio Silva | Revisão: Ricardo Marques — publicado 29/09/2025 00h35, última modificação 29/09/2025 08h30
Orientação sobre primeiros socorros em casos de engasgamento foi outra das 13 propostas aprovadas na Comissão de Saúde da Câmara de Curitiba.
Criação do programa Saúde do Catador já pode ser votado

Permissão para compra de itens produzidos por comunidades terapêuticas para os Armazéns da Família também já pode ir ao plenário. (Fotos: Jean Lucredi/CMC)

Os vereadores de Curitiba já podem votar no plenário do Palácio Rio Branco a proposta que cria o programa “Saúde do Catador”, voltado às pessoas que trabalham nas cooperativas de reciclagem da cidade. O projeto de lei da vereadora Vanda de Assis (PT) prevê a realização de ações integradas para promover a saúde física e mental desses trabalhadores, considerando a vulnerabilidade social e os riscos à saúde enfrentados nesta atividade laboral.

O texto recebeu sinal verde da Comissão de Saúde e Bem-Estar Social, em reunião realizada na última quarta-feira (24), conforme o parecer assinado pela vereadora Carlise Kwiatkowski (PL). Todas as 13 proposições que estavam na pauta do colegiado receberam parecer favorável e continuam a tramitar na Câmara Municipal de Curitiba (CMC).

A iniciativa da vereadora do PT pretende promover a saúde integral das catadoras e catadores, considerando cinco eixos: saúde mental, bucal, ocupacional, vacinação e educação em saúde. Conforme o texto, a execução do programa ocorrerá com recursos do SUS, portanto sem a criação de novas despesas (005.00275.2025, com o substitutivo geral (031.00179.2025).

Outras duas propostas de lei acatadas pelo colegiado estão aptas a serem incluídas na pauta de votações. A primeira delas é de autoria de Jasson Goulart (Republicanos), para tornar obrigatória a orientação, por hospitais e maternidades, sobre primeiros socorros em casos de engasgamento, aspiração de corpo estranho, asfixia e prevenção de morte súbita em recém-nascidos (005.00471.2025, com o substitutivo geral 031.00225.2025).

O parecer favorável foi de Meri Martins (Republicanos), por considerar sua “pertinência, relevância social e compatibilidade com as diretrizes de saúde pública e de proteção da infância”. Com parecer de Sidnei Toaldo (PRD), também está apta para ser incluída na Ordem do Dia a matéria de iniciativa de Fernando Klinger (PL), que tem por objetivo permitir a aquisição de itens produzidos por comunidades terapêuticas para abastecer o Programa Armazém da Família (005.00594.2025, com o substitutivo 031.00212.2025).

Outras 4 propostas seguem para a Comissão de Serviço Público

Acatadas no colegiado de Saúde, seguem agora para a Comissão de Serviço Público as seguintes propostas de lei:

De Renan Ceschin (Pode), o projeto prevê maior incentivo à doação regular de sangue, por meio de desconto aos doadores em inscrições para corridas de rua. A versão mais atual do texto vincula o abatimento de até 50% apenas aos eventos que recebam apoio, patrocínio ou financiamento do Município, tornando a adesão facultativa para organizadores privados (005.00310.2025, com o substitutivo geral 031.00121.2025). “Contribui para a promoção da saúde pública, prevenção de crises de abastecimento e fortalecimento das políticas de atenção hospitalar e de urgência”, assinalou o parecer do vereador Sidnei Toaldo.

De Bruno Rossi (Agir), a proposta tem o objetivo de incluir a valorização e a proteção da vida humana desde a concepção como uma das diretrizes permanentes da política pública de saúde da capital, ao assegurar o cuidado integral à gestante e ao nascituro, com especial atenção às situações de vulnerabilidade (005.00329.2025). O parecer foi de Toninho da Farmácia (PSD), para quem a matéria reforça “o compromisso do Município de Curitiba com a proteção integral da vida humana”.

De Pier Petruzziello (PP), o projeto assegura direito à dieta hospitalar sem glúten a acompanhantes celíacos. A legislação, hoje, garante o direito apenas aos pacientes celíacos. O texto altera os artigos 1º e 3º da lei municipal 16.339/2024. Com a nova redação, hospitais públicos e privados de Curitiba passam a ter o dever de fornecer dieta especial sem glúten não apenas aos pacientes internados, mas também a seus acompanhantes, sempre que a necessidade for comprovada (005.00390.2025, com o substitutivo geral 031.00185.2025). Meri Martins foi a responsável pelo parecer. A vereadora sublinhou que o projeto “apresenta mérito social e relevância para a proteção da saúde da população celíaca, assegurando direitos fundamentais em ambiente hospitalar”.

De Andressa Bianchessi (União) - com coautoria de Delegada Tathiana Guzella (União), Laís Leão (PDT) e Renan Ceschin - o projeto de lei que pretende alterar a lei 6.407/1983, que regulamenta o comércio ambulante na cidade, para autorizar a venda de alimentos para animais de estimação nas ruas da capital por vendedores ambulantes (005.00491.2025). O parecer favorável ao trâmite foi de Carlise Kwiatkowski.

6 Declarações de Utilidade Pública são acatadas

Os seis projetos de lei que constavam na pauta e declaram entidades como de Utilidade Pública em Curitiba receberam parecer favorável ao trâmite. São eles: 014.00016.2025, de Lórens Nogueira (PP), para a a Federação do Movimento Flashback do Paraná (Femoflash - PR); 014.00024.2025, de Leonidas Dias (Pode), para o Grupo de Mães da Melhor Idade Nova Vida; 014.00026.2025, de Pier Petruzziello, ao  Instituto I.G.U.A.I.S.; 014.00032.2025, também de Petruzziello, para a Pensare (Associação Brasileira de Inovação, Tecnologia, Educação Profissional e Desenvolvimento Social); 014.00041.2025, de Marcos Vieira (PDT), para o Instituto Todas Marias; e  014.00049.2025, de Delegada Tathiana Guzella, para o Instituto um Novo Tempo de Cura.

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