Vereadores pedem mais propaganda da eleição do Conselho Tutelar

por José Lázaro Jr. | Revisão: Alex Gruba — publicado 08/09/2023 08h30, última modificação 11/09/2023 09h41
Acontece no próximo dia 1º de outubro, nas regionais de Curitiba, a eleição dos conselheiros tutelares da cidade. CMC pede mais divulgação.
Vereadores pedem mais propaganda da eleição do Conselho Tutelar

Pedido de mais divulgação da eleição do Conselho Tutelar foi protocolado por Josete. (Foto: Rodrigo Fonseca/CMC)

Todo eleitor residente na capital do Paraná que esteja em dia com a Justiça Eleitoral poderá votar na eleição do Conselho Tutelar de Curitiba no próximo dia 1º de outubro. Nesse pleito, a população de cada regional da cidade decidirá quem será o titular e o suplente do conselho para aqueles bairros, por um período de quatro anos, e que estarão encarregados de fazer cumprir o Estatuto da Criança e do Adolescente. Só que os vereadores da Câmara Municipal de Curitiba (CMC) consideram que falta divulgar mais a eleição.

Na quarta-feira (6), unindo parlamentares da base de apoio do prefeito e da oposição, que protocolaram o pedido, a CMC aprovou uma indicação ao Executivo requerendo à Prefeitura de Curitiba a realização de campanhas informativas sobre a eleição do Conselho Tutelar. A ideia é que recursos disponíveis para gasto com propaganda do Executivo sejam gastos na convocação dos curitibanos para que participem do pleito. O requerimento foi protocolado pela Professora Josete (PT), com apoio dos membros da Federação PT-PV (205.00337.2023).

“Entendemos que é muito importante que haja uma campanha de conscientização sobre o papel do Conselho Tutelar e ela poderia ser feita com os recursos da publicidade institucional, principalmente por se tratar de um ato de cidadania”, justificou Josete. A ideia ganhou apoio rápido de Osias Moraes (Republicanos), que se dirigiu ao líder do governo, Bruno Pessuti (Pode), para endossar o pedido da vereadora. “A eleição está aí, no dia 1º de outubro, e é de suma importância para a cidade”, frisou Moraes. Maria Leticia (PV), Marcos Vieira (PDT), Ezequias Barros (PMB) e Oscalino do Povo (PP) ratificaram o pedido.

Horário para crianças autistas nas piscinas públicas de Curitiba

A reserva de um horário exclusivo para crianças autistas no programa Viva o Sábado, da Prefeitura de Curitiba, para que elas utilizem as piscinas públicas da cidade, foi a sugestão que o vereador Marcos Vieira (PDT) apresentou na Câmara de Curitiba. “As crianças autistas têm dificuldade de se relacionar com muitas pessoas no mesmo ambiente, que é que acontece quando a piscina fica aberta para o público”, justificou o autor, que no plenário mostrou um vídeo do grupo de mães que endossou a sugestão (205.00336.2023).

Duas sugestões do vereador Leonidas Dias ao Executivo também foram aprovadas na quarta-feira, requerendo melhorias na praça Acir Macedo Guimarães. “Eu enviei emendas para a Secretaria Municipal do Meio Ambiente, que foram utilizadas para trocar as telas no entorno da cancha de areia, mas ainda há dificuldades ali, de calçamento e de acessibilidade”, explicou, em plenário, o parlamentar. Além da indicação pedindo o calçamento (205.00340.2023), Dias sugeriu ao Executivo a construção de uma pista de skate no mesmo equipamento público (205.00339.2023).

Qual a diferença entre a indicação, o requerimento e o projeto de lei?

A indicação é uma espécie de proposição legislativa – conceito abrangente, que compreende todas as matérias sujeitas à deliberação na Câmara de Curitiba. Ela é adotada para debater temas que competem ao Executivo e, ao contrário dos requerimentos encaminhados diretamente aos órgãos da administração municipal, depende da aprovação numa sessão plenária.

A votação é feita em turno único e de maneira simbólica (sem o registro no painel eletrônico), durante a segunda parte da ordem do dia. No entanto, como o próprio nome diz, a indicação de sugestão de ato administrativo ou de gestão não é impositiva, e sim sugere medidas ao Poder Executivo. Ou seja, o instrumento é, sim, uma manifestação legal do Legislativo, mas tem um “peso menor” em comparação ao projeto aprovado em plenário e que, se sancionado, torna-se lei em Curitiba.