Vereador se defende de acusação: Vão ter que pagar na Justiça

por Assessoria Comunicação publicado 05/09/2017 12h50, última modificação 21/10/2021 07h21

O vereador Osias Moraes (PRB) falou em plenário pela primeira vez, durante o pequeno expediente da sessão desta terça-feira (5), sobre a acusação veiculada pela imprensa, na semana passada, de que teria sido denunciado ao Ministério Público do Paraná (MP-PR) sobre supostas irregularidades em seu gabinete. “Onde está a denúncia? Mostrem [os veículos de comunicação]. Disseram também que tem funcionário fantasma. Eu faço uma reunião por semana. No meu gabinete há uma ata de reunião toda semana. Não devo nada e todos vão ter que pagar na Justiça”, declarou.

“Pode haver no Ministério Público um pedido de informações dito pelo presidente desta Casa [Serginho do Posto, do PSDB], sob sigilo de Justiça. Se a imprensa tem acesso, que mostre a acusação. Agora, não venham denegrir a imagem de quem entrou aqui pelo voto. Se querem me tirar terá que ser pelo voto”, continuou. Ainda dirigindo-se à imprensa, o parlamentar cobrou que "mostre a cara do acusador, porque nesta Casa e na Corregedoria não há nenhuma denúncia". “Cada um que falou tem que falar na Justiça”, acrescentou. De acordo com Moares, seus advogados “entrarão com ações”.

Na última terça (29), Serginho do Posto comentou as denúncias em plenário. Na véspera (28), a RICTV divulgou que o MP-PR teria aberto uma investigação para apurar supostas irregularidades no gabinete de Moraes. O presidente confirmou que a Câmara Municipal forneceu documentos solicitados pelo Ministério Público sobre o mandato do vereador, além dos de Geovane Fernandes (PTB) e de Rogério Campos (PSC), cujos nomes já haviam sido divulgados pela imprensa. As queixas, no entanto, não foram protocoladas à Mesa Diretora ou à Corregedoria.

Comissão Processante

Serginho do Posto, na ocasião, também falou sobre as denúncias contra vereadores feitas ao Legislativo. Uma delas, contra Katia Dittrich (SD), resultou na aprovação de uma Comissão Processante, cuja defesa da parlamentar deve ser apresentada até esta quarta-feira (6) – Moraes é o relator do colegiado (leia mais). A outra, apresentada ao corregedor, Dr. Wolmir Aguiar (PSC), refere-se a Thiago Ferro (PSDB) e é mote de uma sindicância (saiba mais).

Quanto à Comissão Processante constituída para apurar as denúncias de seis ex-assessores da vereadora do Partido Solidariedade, Moraes argumentou: “Vereadora Katia, se a senhora deve, tem que pagar. Se qualquer outro vereador fez, tem que pagar. Não tenha dúvida disso e eu não serei conivente com nenhum erro, e peço a vocês que não sejam coniventes, porque aí fora dizem que essa Câmara é "toma lá, da cá". Vamos julgar com justiça, pelas provas”.

“Agora vamos virar reféns, presidente? Não podemos mandar um comissionado embora, porque se mandarmos ele quer fazer uma denúncia? Não é assim que se trabalha. Não serei conivente, vereadora [Katia]. Agora, se a senhora não fez, a senhora não pode pagar”, completou, sobre a relatoria. Entregue a defesa da parlamentar, a Comissão Processante poderá arquivar o processo de cassação do mandato - decisão que seria submetida, na sequência, ao plenário - ou dar sequência à investigação. Além de Moraes, relator, o colegiado reúne Cristiano Santos (PV), presidente, e Toninho da Farmácia (PDT). Os nomes foram sorteados na sessão de 22 de agosto. “Quero mais uma vez agradecer minha família. Me senti envergonhado de cumprimentar o porteiro do meu prédio, porque quando saí ele estava assistindo a um jornal que estampava "vereador Osias Moraes envolvido em corrupção". Que corrupção?”, afirmou.