Vereador alerta para o perigo da aranha marrom

por Assessoria Comunicação publicado 05/11/2004 00h00, última modificação 17/05/2021 15h56

Diante de uma expectativa de que Curitiba, com a chegada do verão, possa bater um novo recorde em acidentes envolvendo a aranha marrom, o vereador Mario Celso Cunha (PSB) está sugerindo às secretarias municipal e estadual da Saúde a realização de uma ampla campanha de prevenção. Segundo o vereador, o município registra mais da metade dos casos de picada do inseto nas estatísticas dos últimos anos, com a situação ficando mais grave com a chegada das altas temperaturas.
Em 2002, Curitiba registrou 3.335 casos de picada de aranha marrom; no ano seguinte 3.609 e este ano, até o mês passado, 2.160 casos. O aumento do calor e a inexistência de predadores naturais faz de nossa cidade a que registra o maior número de acidentes, explica o vereador, ressaltando que a aranha é resistente a inseticidas.
Usando dados do Centro de Controle de Envenenamento de Curitiba, Mario Celso destaca que de 70% a 75% dos casos acontece quando as pessoas vão se vestir e outros 15% quando estão dormindo. “O grande problema é que a picada é imperceptível para a maioria das pessoas, que somente depois de 6 a 12 horas começam a constatar o aparecimento da lesão, com a evolução da área afetada para necrose e sintomas que podem levar à insuficiência renal que, se não tratada a tempo, leva à morte”, explica.
Alerta máximo
Sendo Curitiba a capital que detém o título de capital brasileira da aranha marrom face ao crescimento dos casos, é muito importante que os órgãos que tratam da saúde da população fiquem alerta máximo. O vereador lembrou que “a aranha marrom é escura, tamanho em torno de quatro centímetros, pernas finas e parte traseira grande. Alimenta-se de pequenos insetos como formigas, pulgas, traças e cupins. Freqüenta locais quentes, secos e escuros, tais como cascas de árvores, folhas secas, buracos de tijolos, telhas velhas e paredes de galinheiros. Dentro de casa escondem-se atrás de quadros, armários, livros e revistas, caixas de papelão e escondem-se em roupas penduradas, toalhas, cobertores, sapatos e botas”, alertou o vereador.
Mario Celso lembra também que “a aranha marrom tem hábitos noturnos, período que sai para buscar alimentos. A picada não é sentida, pois não provoca dor na hora do acidente. Depois aparece um vermelhidão, mancha roxa, inchaço, bolhas e muita coceira”.
No caso de acidentes com a aranha marrom deve ser procurado o Centro de Informações Toxicológicas (0800-4101148) ou ainda as Unidades de Saúde 24h do Campo Comprido (373-4848), Boa Vista (257-2226) e Fazendinha (245-3232).