Primeiro desembargador cego do país deve receber cidadania

por Assessoria Comunicação publicado 03/06/2013 14h30, última modificação 16/09/2021 09h14
O plenário da Câmara Municipal de Curitiba aprovou em primeira votação, nesta segunda-feira (3), proposta de lei de Chicarelli (PSDC) para a concessão de cidadania honorária ao paulistano Ricardo Tadeu Marques da Fonseca. No debate sobre a iniciativa, que passa pelo segundo turno nesta quarta (5), diversos vereadores destacaram a trajetória do homenageado, o primeiro desembargador cego do país.

Ele foi nomeado em 2009, pelo então presidente Lula, ao Tribunal Regional do Trabalho da 9ª Região. Segundo a defesa de Chicarelli, o desembargador nasceu prematuro, o que ocasionou a deficiência visual. A perda total da visão ocorreu no terceiro ano da faculdade de Direito.

“Seu exemplo mostra como é possível vencer as dificuldades”, disse o vereador. Ele enalteceu, ainda, a participação de Fonseca, enquanto procurador do Trabalho, na elaboração da lei federal nº 10.097/2000, que altera dispositivos da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) referentes à aprendizagem.

“Ele é um campeão, uma pessoa que nos encoraja e luta pelos direitos da pessoa com deficiência”, completou o terceiro-secretário do Legislativo, Zé Maria (PPS). Também enalteceram a trajetória do desembargador os vereadores Valdemir Soares (PRB), Julieta Reis (DEM), Tico Kuzma (PSB), Pedro Paulo (PT), Cristiano Santos (PV), Noemia Rocha (PMDB), Aldemir Manfron (PP) e Sabino Picolo (DEM).