Prefeitura apresenta PPA 2026–2029 em audiência na Câmara de Curitiba
Representantes da Prefeitura de Curitiba debateram o PPA 2026-2029 com os vereadores de Curitiba. (Foto: Rodrigo Fonseca/CMC)
Na audiência pública realizada nesta terça-feira (28), na Câmara Municipal de Curitiba (CMC), a equipe da Secretaria Municipal de Planejamento, Finanças e Orçamento apresentou a proposta do Plano Plurianual (PPA) 2026–2029, documento que estabelece as metas e programas da Prefeitura para os próximos quatro anos. Coordenada pelo vereador Serginho do Posto (PSD), presidente da Comissão de Economia, Finanças e Fiscalização, a reunião destacou a integração entre o PPA e a Lei Orçamentária Anual (LOA), garantindo coerência entre planejamento e execução financeira (013.00010.2025).
De acordo com Carlos Eduardo Kukolj, diretor do Departamento de Orçamento da Prefeitura de Curitiba, o PPA foi concebido a partir de três eixos estratégicos: “Curitiba coletiva e inclusiva”, voltado à promoção da equidade e da participação social; “Curitiba estruturada e bem cuidada”, que prioriza a manutenção e a expansão da infraestrutura urbana; e “Curitiba inovadora e sustentável”, que concentra políticas de tecnologia, inovação e meio ambiente. “Esses eixos traduzem o compromisso de fazer da cidade um espaço mais justo, funcional e preparado para os desafios do futuro”, afirmou o técnico.
Kukolj ressaltou que o plano foi construído com base nas diretrizes do Plano Diretor Municipal, do programa de governo e das contribuições do Fala Curitiba, que orientaram a formulação de 11 programas principais e dois de apoio, além das metas físicas e financeiras correspondentes. “O planejamento não é uma peça burocrática, é o caminho para que as políticas públicas tenham continuidade e sejam avaliadas de forma transparente”, destacou.
Programas e investimentos previstos
O PPA 2026–2029 estima R$ 63 bilhões em despesas globais para o período, sendo R$ 60,2 bilhões de natureza corrente e R$ 6 bilhões voltados a investimentos. Entre os principais programas estão: Curitiba que Acolhe (R$ 6,48 bilhões), dedicado às políticas sociais e de proteção; Curitiba que Acompanha (R$ 20,6 bilhões), voltado à saúde e à educação; Curitiba que Emancipa (R$ 404 milhões), com foco em geração de renda e em qualificação profissional; e Curitiba que Estrutura (R$ 4 bilhões), direcionado às obras e infraestrutura urbana.
Outros destaques incluem o Curitiba Inovadora (R$ 64 milhões), Curitiba Sustentável (R$ 3,07 bilhões) e o Curitiba que Comunica (R$ 148 milhões), voltado à comunicação institucional e a campanhas públicas. “Cada programa tem indicadores mensuráveis, o que permite à sociedade acompanhar o desempenho das metas em tempo real”, explicou Kukolj. “Essa é uma exigência de governança moderna: planejamento com avaliação e transparência.”
Continuidade de grandes obras e ações sociais
O documento mantém a execução das obras estruturantes de Curitiba, como a Linha Verde Norte e Sul, a ampliação da Linha Inter 2, o BRT Leste-Oeste, o projeto de gestão de risco climático no Bairro Novo Caximba e os programas de habitação de interesse social na Vila Parolin, Bacia do Ribeirão dos Padilhas e Campo de Santana. No campo social, o plano assegura a expansão dos Restaurantes Populares, dos Armazéns da Família e dos serviços de acolhimento institucional.
Kukolj destacou que essas iniciativas refletem a prioridade de manter o equilíbrio entre investimento físico e humano. “A cidade não se transforma apenas com obras, mas com políticas que acolham, cuidem e emancipem as pessoas”, afirmou. Ele também citou os avanços no Programa Casa Curitibana e nos Centros de Convivência da Pessoa Idosa, apontando que ambos se consolidam como políticas permanentes.
O PPA prevê mecanismos de acompanhamento contínuo, com relatórios quadrimestrais e revisões anuais apresentados à Câmara Municipal. “Não basta planejar: é preciso medir e prestar contas. O PPA passa a ser um instrumento vivo, que dialoga com as leis orçamentárias e com o cidadão”, explicou Kukolj. Os resultados parciais e os indicadores de desempenho estarão disponíveis no portal de transparência do município, permitindo o controle social das políticas públicas.
A proposta também integra as metas do Plano Diretor e as recomendações da Lei de Responsabilidade Fiscal, garantindo alinhamento entre planejamento urbano e capacidade financeira. “Curitiba vem demonstrando que é possível crescer com responsabilidade, sem romper o equilíbrio fiscal”, concluiu o diretor de Orçamento da Prefeitura de Curitiba.
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