Plenário aprova QR Code em pontos turísticos e históricos

por Assessoria Comunicação publicado 18/02/2019 14h05, última modificação 04/11/2021 08h17

Informações sobre espaços públicos como parques e praças poderão ser disponibilizadas por meio de tecnologias inteligentes, como o QR Code, na cidade de Curitiba. A proposta, do vereador Thiago Ferro (PSDB), para que haja um sistema interligado da prefeitura que forneça a visitantes e moradores maior conhecimento sobre pontos de turísticos e históricos da cidade (005.00240.2017 com substitutivo geral 031.00043.2018), foi aprovada nesta segunda-feira (18), pela Câmara Municipal de Curitiba (CMC) por unanimidade. O texto ainda passa por segunda votação nesta terça-feira (19).

“O QR Code se tornou uma ferramenta importante para facilitar a comunicação e a informação de logradouros públicos, monumentos, praças e nomes de rua”, justificou Ferro, que diz que há um ano e meio vem conversando com o Instituto Municipal de Turismo sobre a ideia. Ele citou exemplos de ruas como a XV de Novembro e a Prudente de Moraes que já usam a tecnologia, além de um mapa voltado para crianças (Curta Curitiba Piazada) com o mesmo recurso. “Isso me deixa muito feliz. Mas a lei é para fomentar isso na cidade de forma que permaneça.”

O parlamentar recordou ainda que as placas de cobre que eram utilizadas têm sido roubadas. “Mas hoje, com a tecnologia, você pode ter acesso a muito mais informação. Então, com apenas um QR Code vem um vídeo, vem uma história daquele lugar que facilita tanto para o turista, como por exemplo aos estudantes curitibanos, para conhecer a história daquele lugar”. Também lembrou que a Galeria de Vereadoras de Câmara utiliza o recurso para contar a história das mulheres na política de Curitiba.

O líder do prefeito, Pier Petruzziello (PTB) parabenizou o trabalho do Instituto e a iniciativa do vereador. “Curitiba e você saem na frente mais uma vez.” Herivelto Oliveira (PPS) considerou a proposta interessante, mas recordou a lei 15.085/2017, aprovada na Câmara, que institui que novas placas de rua da capital devem ter a biografia da pessoa que nomeia o logradouro, ainda não foi implantada. “Apesar deste projeto existir há um ano, houve uma licitação, que ainda não foi fechada. Então eu gostaria de deixar esse registro para que a Casa também tome providências para que quando uma lei for criada, seja realmente cumprida.” Ferro respondeu que tem acompanhado o processo licitatório de identificação das placas: “De fato a licitação precisa ser finalizada, efetivada. Nos últimos seis anos nós não tivemos renovação e várias placas foram destruídas e precisamos urgentemente que sejam renovadas já com esta tecnologia”.

Mestre Pop (PSC) pediu para que a praça Zumbi dos Palmares tenha o QR Code disponível e Bruno Pessuti (PSD) sugeriu a divulgação dos horários de ônibus nos pontos da cidade por meio do recurso tecnológico. Contribuíram ainda com o debate os vereadores Rogério Campos (PSC), Maria Manfron (PP), Professor Silberto (MDB), Ezequias Barros (PRP), Mauro Ignácio (PSB), Osias Moraes (PRB) e Oscalino do Povo (Pode).

QR Code
O QR Code é um código de barras em 2D que pode ser escaneado pelo aparelhos celulares com câmera fotográfica. Com a ajuda de um aplicativo (que para sistemas Android deve ser baixado), ocorre a decodificação que leva a um link com conteúdo sobre o assunto.

Ações do Município
Após a aprovação da matéria, a sessão foi suspensa para que a presidente do Instituto Municipal de Turismo, Tatiana Turra, falasse dos projetos implementados pela prefeitura na área, com foco na inovação e no QR Code. “Nós no setor de turismo já há algum tempo estamos trabalhando uma linha de destinos turísticos inteligentes, em que a gente busca a conectividade e a informação ao turista, a experiência, e há dois anos a Paraná Turismo colocou Curitiba como potencial destino turístico inteligente do estado”, comemorou.

Ela agradeceu o apoio dos vereadores com emendas para a área, além das propostas sugeridas pela Casa, e citou como projeto de sucesso da pasta o Natal de Curitiba - Luz dos Pinhais 2018. “Tivemos 637 mil espectadores, sendo desses 100 mil turistas, que injetaram na nossa economia mais de R$ 60 milhões. Acho que é um dado que nos fortalece”. Destacou também que dentre estes turistas, 37% eram famílias, “ou seja, é um público de qualidade, que vem para prestigiar realmente nossas atrações”. A vereadora Julieta Reis (DEM) aproveitou a ocasião para pedir que a praça Eufrásio Correia - que passa por uma revitalização - seja incluída nas festividades do Natal.

Segundos turnos
O plenário aprovou ainda dois projetos em segundo turno. Um deles foi o de autoria de Felipe Braga Côrtes (PSD) que institui o Dia Municipal da Síndrome de Williams, a ser comemorado, anualmente, no dia 7 de novembro (005.00047.2018). De acordo com o autor da proposta, “a síndrome de Williams é causada pela ausência de cerca de 21 genes do cromossomo 7, incluindo os genes responsáveis pela produção de elastina, uma proteína que forma as fibras elásticas - muito comuns em regiões como o pavilhão auditivo, a trompa de Eustáquio, a epiglote, a cartilagem da laringe e as artérias elásticas”.

Ainda de acordo com ele, “a falta desses genes leva a problemas cardiovasculares e renais, podendo causar também o desenvolvimento irregular do cérebro”. A matéria foi aprovada com 28 votos favoráveis. Também confirmada em segunda votação o projeto de Professor Silberto (MDB) que declara de utilidade pública a Associação de Pais, Mestres e Funcionários (APMF) do Colégio Estadual Guilherme Pereira Neto (014.00045.2017). A proposição obteve 26 votos positivos.