Notas da sessão plenária de 17 de fevereiro

por José Lázaro Jr. — publicado 17/03/2021 17h55, última modificação 22/03/2021 17h28
Proposições lidas no pequeno expediente, debates, registros, visitas e outros conteúdos.
Notas da sessão plenária de 17 de fevereiro

Notas da sessão plenária de 23 de fevereiro. (Arte: Laura Pereira/CMC)

Aniversário do prefeito
Durante a sessão plenária desta quarta-feira (17), o presidente, Tico Kuzma (Pros), e o líder do governo na CMC, Pier Petruzziello (PTB), parabenizaram o prefeito Rafael Greca pelo aniversário de 65 anos. “Que tenha serenidade e Deus o abençoe nessa caminhada”, congratulou Kuzma. “Quero desejar a ele, neste momento, bastante luz, serenidade e equilíbrio, pois não é fácil liderar um governo. Que ele possa tomar as decisões corretas”, afirmou Petruzziello. Também Alexandre Leprevost (SD), Marcelo Fachinello (PSC), Mauro Ignácio (DEM) e Denian Couto (Pode) parabenizaram Greca.

Tratamento precoce 1
Pela quinta sessão plenária consecutiva, o vereador Ezequias Barros (PMB) trouxe ao plenário o tema do tratamento precoce da covid-19. Desta vez, exibiu vídeo de médico do Distrito Federal, chamado Davi Rodrigues, que foi infectado duas vezes, segundo o próprio, pelo coronavírus, em razão do seu trabalho no pronto atendimento de um hospital. Lá, ele defende o uso da ivermectina, nos primeiros sintomas, por acreditar que isso não agravaria os casos. Na CMC, o tema tem gerado polêmica entre os parlamentares, já que a Organização Mundial a Saúde desaconselha o tratamento precoce.

Tratamento precoce 2
Fazendo um desagravo ao vereador Ezequias Barros, que julgou ter sido maltratado pelos colegas em discussões anteriores, por defender o tratamento precoce, Pastor Marciano Alves (Republicanos) reforçou o grupo de parlamentares que apoia essa medida. “Estou ouvindo falta de respeito com relação a alguns vereadores favoráveis ao tratamento precoce”, comentou, acrescentando que “uma cidade chamada São Lourenço, em Minas Gerais, adotou o tratamento precoce e funcionou”. Também sugeriu que os vereadores busquem se informar com médicos como Luiz Ovando e Osmar Terra, que também são políticos.

Serenidade 1
Diversos vereadores, durante esta quarta-feira, pediram mais serenidade aos debatedores, para evitar que disputas políticas tirem o foco do enfrentamento da pandemia. Brincando, por exemplo, Hernani (PSB) disse que se não fizerem isso, “[esses parlamentares] não vão morrer de covid-19, vão ter ataque cardíaco”. “Vou pedir que palavras agressivas e ideológicas, como 'comunismo', 'fascismo', 'ditadura', 'genocídio' e 'fake news' sejam trocadas por palavras como 'força', 'esperança', 'superação', 'resiliência'. Só com a união de todos é que vamos conseguir vencer a pandemia”, disse Nori Seto (PP).

Serenidade 2
“Quero lamentar algumas falas que a gente ouve aqui, absurdas, bárbaras, como 'a palavra feminicídio não deveria existir'. A gente ouviu ontem que a Marielle [Franco, ex-vereadora do Rio de Janeiro, assassinada em 2018], uma ativista pelos direitos humanos e exemplo para o mundo, é uma assassina. A gente tem que ouvir todos os dias coisas sem embasamento científico, como o tratamento precoce à covid-19. Toda manhã a gente perde tempo com esse tipo de discurso inócuo, que remete à Idade Média, de obscurantismo, de ignorância. Só uma mentalidade mais aberta será capaz de formular as políticas que a gente precisa”, disse Carol Dartora (PT), antes de concordar numa mudança de rumo nas discussões.

Serenidade 3
“Faço coro aqui ao discurso de apaziguar. A Carol, que é do PT, tem razão. É por aí, temos que ter paz e equilíbrio para tomar as decisões corretas. Não podemos entrar na linha de tiro, indo por um viés ideológico que não nos levará, nem levará a sociedade a lugar algum. A situação é grave”, concordou Pier Petruzziello (PTB), líder do governo na CMC, que falou em “luta pela ciência, paz, serenidade e que quem puder fique em casa”. Noemia Rocha disse que sobreviveu à covid-19 com o protocolo da Saúde, não com o kit precoce, e que a CMC dever ser um lugar para discutir ideias. “Quando a gente se altera, vai para a linha pessoal, nós nos machucamos muito”.