Na CMC, secretária do Meio Ambiente lista avanços de Curitiba na energia limpa

por José Lázaro Jr. — publicado 07/06/2021 19h20, última modificação 07/06/2021 19h23
Energia renovável, ampliação da área verde e substituição da tubulação são ações da cidade para cumprir o Acordo de Paris, até 2050.
Na CMC, secretária do Meio Ambiente lista avanços de Curitiba na energia limpa

Com a pandemia, as sessões da CMC são feitas por videoconferência. Na foto, a secretária Marilza Dias. (Foto: CMC)

Além de aprovar a nova Política do Meio Ambiente de Curitiba, em primeiro turno, nesta segunda-feira (7), em uma votação que durou toda a manhã no Legislativo, os vereadores da capital do Paraná receberam a secretária da pasta, Marilza Dias, durante a sessão plenária. Na Câmara Municipal de Curitiba (CMC), a gestora comemorou que, com investimentos em energia solar e fontes alternativas, “Curitiba vai produzir 60% da energia consumida pelos próprios municipais”. “Queremos demonstrar essa possibilidade, para que as pessoas venham a aderir cada vez mais às energias renováveis”, afirmou.

Marilza Dias explicou que, nas cidades, os principais responsáveis pelas emissões de gases do efeito estufa são o transporte, o consumo de energia e o tratamento dos resíduos sólidos e do esgoto. De olho nesses indicadores, disse, a Prefeitura de Curitiba elaborou um Plano de Ação Climática alinhado aos objetivos do Acordo de Paris, para reduzir significativamente as emissões até o ano de 2050. A secretária deu como exemplos os painéis fotovoltaicos no Palácio 29 de Março, na nova galeria do Jardim Botânico, no Salão de Atos e a pequena usina do parque Barigui.

Em breve, disse, com financiamento internacional, será construída a “Pirâmide Solar do Caximba” e implantadas estruturas de energia solar na rodoferroviária e nos terminais do Pinheirinho, Santa Cândida e Boqueirão. Marilza Dias também destacou a colocação de painéis fotovoltaicos nas casas da Cohab, gerando economia de até 80% na conta de luz dos moradores. “Na ocupação 29 de Outubro, onde o rio Barigui encontra o rio Iguaçu, será feita a realocação das famílias em área de risco, nas margens, para área adequadas. As novas moradias terão sistema de geração solar, calçadas permeáveis e um parque ao longo das margens dos rios.

Tem situações que não vamos conseguir reverter, como chuvas muito intensas em um dia só, então precisamos agir de nas áreas mais vulneráveis”, defendeu. A secretária do Meio Ambiente também comemorou o sucesso da campanha que resultou no plantio de 108 mil mudas de árvores de 2019 a 2020 e anunciou que agora esse esforço será permanente, com a meta de 100 mil espécimes plantadas valendo todos os anos. “Temos 60 m² de área verde por habitante em Curitiba, o que é um dos maiores índices”, constatou, avisando que enquanto a pandeia impede a repetição dos mutirões, mudas podem ser retiradas no Horto Municipal por quem quiser ajudar a aumentar a área verde na cidade.

Na frente do saneamento, disse com a Sanepar está sendo feita a substituição de 30 km de tubulação antiga de esgoto no centro da cidade, que antes era de manilhas de cerâmica “que causam muito vazamento”. “Vai diminuir o mal cheiro nas galerias de água pluvial e a proliferação de ratos”, antecipou a gestora pública. A secretária de Meio Ambiente confirmou que também está em curso a substituição da rede de água instalada por uma nova, com tubulações que dificultam o vazamento, reduzindo o desperdício de água tratada.

Na área da proteção animal, a gestora da Prefeitura de Curitiba destacou a parceria com o governo do Paraná para a reabertura de um centro dedicado à vida selvagem, uma vez que as unidades até então existentes fecharam nos últimos anos. “Recebemos 2 mil animais em um ano”, disse, citando pássaros, gambás e até macacos. O centro foi viabilizado em parceria com a Universidade Federal do Paraná (UFPR), com quem também o Executivo planeja inaugurar um novo Museu de História Natural.