Implantação da Muralha Digital é debatida na Câmara de Curitiba

por Assessoria Comunicação publicado 23/05/2019 17h50, última modificação 05/11/2021 10h39

Dois meses depois da Câmara Municipal de Curitiba (CMC) ter aprovado a Política de Videomonitoramento, em 20 de março, a implantação da Muralha Digital na cidade voltou a ser objeto de debate em plenário. Ao apresentar resposta do Executivo a pedido de informação, nesta quarta (22), Bruno Pessuti (PSD) questionou os motivos do sistema de reconhecimento facial e de veículos por câmeras de segurança ainda não estar em funcionamento (062.00106.2019). Julieta Reis (DEM) discutiu com ele este assunto.

Para Bruno Pessuti, a prefeitura tem capacidade de endividamento para custear a despesa. Ele opinou que se a Prefeitura de Curitiba diz, na resposta oficial, que as pendências para financiar a Muralha Digital junto ao BRDE (Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul) são a análise de viabilidade pela Secretaria Municipal de Finanças (SMF) e a aprovação de uma lei na CMC, ambas as coisas já poderiam ter sido feitas. “Curitiba seria vanguarda, mas agora está ficando para trás”, afirmou.

A vereadora Julieta Reis defendeu que uma análise realista da capacidade endividamento seja feita pela SMF, dada a incerteza da conjuntura econômica. “Se a cidade faz um empréstimo, tem que pagar. E com certeza o BRDE exige pagamento em dia, que a gente precisa saber se a cidade tem condições [de pagar]”, rebateu a parlamentar. Pessuti ainda argumentou que financiamentos foram contratados para o programa de asfaltamento empreendido pelo Executivo, motivo pelo qual ele julga ser possível investir na Muralha Digital.

Pedidos de informação
No mesmo dia, Pessuti apresentou outras duas respostas a requerimentos enviados por ele à Prefeitura de Curitiba. Por exemplo, sobre a viabilidade de liberar vagas do Estacionamento Regulamentado (EstaR) para bicicletas e patinetes, por exemplo, evitando que fiquem nas calçadas, onde atrapalham os pedestres (203.00013.2019). Na resposta, a Urbs se manifestou contra a ideia, até porque o uso compartilhado de bicicletas e patinetes ainda é tratado pela administração como projeto-piloto sob monitoramento.

Quanto às vagas para táxis desativadas por ocasião da Copa do Mundo de 2014, devolvidas para uso destes profissionais recentemente, Pessuti questionou a decisão (062.00070.2019). A Urbs disse que a decisão foi resposta a pedidos dos usuários dos trens, mas ele lembrou em plenário que a área também era utilizada por motoristas de aplicativo como área de embarque e desembarque.