Ícone do teatro, Danilo Avelleda ganha Vulto Emérito de Curitiba
Na sessão plenária, vereadores votam a favor da concessão do Vulto Emérito a Danilo Avelleda. (Foto: Carlos Costa/CMC)
Nesta terça-feira (25), os vereadores da Câmara Municipal de Curitiba (CMC) aprovaram, em primeiro turno, com 21 votos a favor, o projeto apresentado por Angelo Vanhoni (PT). A iniciativa concede o título de Vulto Emérito de Curitiba ao ator, diretor, autor e produtor Danilo Serge Avelleda, um importante nome da história do teatro paranaense. “Sua trajetória artística e cultural de mais de sete décadas é marcada pela dedicação ininterrupta ao teatro, à cultura e ao desenvolvimento das artes na capital paranaense”, afirma a justificativa do título.
O Vulto Emérito de Curitiba é o título mais importante que o Legislativo pode conceder a pessoas nascidas na capital paranaense e que tenham contribuído para o desenvolvimento de Curitiba, nos termos da lei complementar 109/2018. A homenagem é equivalente à Cidadania Honorária de Curitiba, concedida aos nascidos fora da cidade (116.00005.2025).
“Danilo começou a fazer teatro com 11 anos de idade. Hoje, com 85 anos de idade, continua produzindo tudo que fez desde o começo, arte, dramaturgia e filmes, além de trabalhar fomentando a cultura de Curitiba. É um nome conhecido por todos nós, amado por todos nós e tem uma contribuição enorme na dramaturgia da nossa cidade [Curitiba]”, discursou Vanhoni. O vereador acrescentou que está em contato com a Prefeitura de Curitiba para a criação de projetos de lei que incentivem a participação dos artistas com 60 anos ou mais nas peças artísticas locais.
Após o discurso de Angelo Vanhoni, ocorreu a suspensão da sessão para que o ex-vereador Sady Ricardo (9ª legislatura, 1983-1988) cantasse o coro da ópera "Nabucco", de Giuseppe Verdi, famosa pelo icônico "Coro dos Escravos Hebreus" ('Va, pensiero, sull'ali dorate'). Em Curitiba, a apresentação da ópera completa com seu coro geralmente ocorre em ocasiões específicas e esporádicas, em teatros como o Teatro Guaíra.
Na Secretaria da Cultura, interiorizou produções artísticas no Paraná
Ao longo de sua trajetória, diz a justificativa da proposição, Danilo Avelleda acumulou atuações emblemáticas em peças como Diário de um Louco — papel pelo qual recebeu o Troféu Gralha Azul —, Otelo, Rei Lear, Arena contra Zumbi, O Maior Espetáculo da Terra e As Santas, esta última apresentada no Festival de Curitiba de 2024. A justificativa detalha ainda que “sua contribuição ultrapassa a atuação artística, alcançando a formação cultural e a educação de gerações, com atuação destacada em diferentes áreas da gestão cultural”.
Além das artes cênicas, sua carreira abrange trabalhos no cinema, no rádio, na televisão e na publicidade, com mais de 18 filmes, cerca de 50 campanhas publicitárias e produções radiofônicas que marcaram época. Como autor, registra uma vasta produção dramatúrgica, com textos encenados e registrados na Sociedade Brasileira de Autores Teatrais (SBAT), incluindo obras recentes concebidas durante a pandemia. Avelleda também atuou como servidor público na Secretaria de Estado da Cultura, coordenando exposições de artes plásticas, mostras de arte religiosa e projetos de interiorização.
O texto também ressalta sua participação na organização de festivais folclóricos internacionais, na criação da Exposição de Indumentárias, Artes e Artesanato Folclórico e na promoção de ciclos de palestras com nomes relevantes da cultura nacional, consolidando seu papel na construção da identidade cultural curitibana e paranaense.
*Matéria elaborada pela estudante de Jornalismo Mariana Aquino*, especial para a CMC.
Supervisão do estágio: José Lázaro Jr.
Edição: José Lázaro Jr.
**Notícia revisada pelo estudante de Letras Gabriel Kummer
Supervisão do estágio: Ricardo Marques
Reprodução do texto autorizada mediante citação da Câmara Municipal de Curitiba