Estudantes sugerem prioridades para investimentos em Curitiba

por Fernanda Foggiato | Revisão: Vanusa Paiva — publicado 11/10/2022 16h50, última modificação 11/10/2022 17h34
Em visita à CMC, os jovens participaram da consulta pública ao Orçamento da cidade para 2023.
Estudantes sugerem prioridades para investimentos em Curitiba

As sugestões para a LOA serão recebidas até o dia 23 de outubro. Participe também! (Foto: Rodrigo Fonseca/CMC)

Quais as áreas da capital paranaense que mais precisam de investimentos no próximo ano? Durante a visita para conhecer a Câmara Municipal de Curitiba (CMC), na manhã desta terça-feira (11), um grupo de estudantes do curso técnico de Eletromecânica, do Instituto Tibagi, participou da construção do Orçamento da cidade para 2023, estimado em R$ 10,2 bilhões.

Depois de receber explicações sobre o projeto da Lei Orçamentária Anual (LOA), o grupo, formado por jovens de 18 a 22 anos idade, apresentou sugestões para a aplicação dos recursos públicos. O estudante Fernando de Lima, 18 anos, apontou como prioridade a conclusão das obras do rio Belém.

Para Jean Vitor, de 19 anos, Curitiba precisa de mais projetos voltados ao incentivo do turismo. “Eu acho que é fraco na nossa cidade ainda”, disse. Já na opinião da estudante Laryssa Ferreira da Silva, 18 anos, as praças precisam de mais lixeiras, para evitar o descarte de resíduos nas ruas da cidade. Ela também priorizaria os investimentos em asfalto e as melhorias na iluminação pública.

“A urna está nas [administrações] regionais e as pessoas também podem participar pela internet. Na casa de vocês, se falarem para os pais, irmãos, amigos, na internet também conseguem ter acesso ao formulário e dizer onde vocês querem realmente que o dinheiro seja gasto”, explicou aos jovens a diretora de Comunicação Social da Câmara, Patricia Tressoldi. “E poucas pessoas participam desse processo que é tão importante, no qual a gente fala onde quer que o nosso dinheiro seja investido.”

“Nessa visita dos alunos do Instituto Tibagi, além de noções de como funciona o Poder Legislativo, enfatizamos a participação dos cidadãos. Os alunos participaram da consulta pública sobre o projeto da Lei Orçamentária Anual, a LOA, fazendo sugestões à Prefeitura de Curitiba para o ano de 2023”, salienta o servidor Carlos Barbosa, diretor da Escola do Legislativo, órgão da CMC responsável por acompanhar as visitas guiadas. 

Barbosa reforçou o convite para o programa de visitação: "É muito importante que os alunos venham até a Câmara Municipal, principalmente durante a realização de uma sessão plenária, para verificar na prática como funciona o Parlamento”. Os agendamentos são feitos pela internet, no site institucional, e a atividade não é restrita a grupos de estudantes (saiba mais).

O grupo foi acompanhado pelo professor Yuri Grossman e a pedagoga Francielle Silveira. Fundado em 1995, o Instituto Tibagi é uma organização social com projetos educacionais na área industrial, voltados a adolescentes e jovens em condições de vulnerabilidade social e econômica. Confira, no Flickr da CMC, mais registros dessa visita, realizada a convite do vereador Dalton Borba (PDT).

Consulta pública
A população tem até o dia 23 de outubro para participar da consulta pública à Lei Orçamentária Anual (LOA), que estima um valor inédito, de R$ 10,2 bilhões, para as despesas da cidade em 2023. Enviado pela Prefeitura de Curitiba no fim do último mês, o projeto será votado até dezembro (entenda).

Apesar de o Executivo ouvir a população no Fala Curitiba, a CMC também abre espaço para a participação da comunidade na construção do Orçamento. As urnas para depositar as sugestões ficam nas administrações regionais e no próprio Legislativo até 21 de outubro. Pela internet, a consulta vai até o próximo dia 23.

No formulário online, é possível elencar 3 de 10 áreas para receber investimentos, entre assistência social; cultura; educação; esporte e lazer; habitação; meio ambiente e sustentabilidade; obras; saúde; segurança; e trânsito. A sugestão pode ser detalhada, dentro de cada item (participe aqui).

As respostas serão contabilizadas pela equipe técnica da Comissão de Economia, Finanças e Fiscalização e divulgadas em audiência pública no dia 1º de novembro, em plenário. Na sequência, as sugestões podem inspirar as emendas parlamentares, que indicam a aplicação de uma parte do Orçamento.