Em plenário, Pier Petruzziello se defende de acusações

por Pedritta Marihá Garcia | Revisão: Ricardo Marques — publicado 09/06/2025 13h30, última modificação 09/06/2025 18h14
Vereador rebateu reportagem da RPC de 3 de junho que repercutiu uma denúncia de que ele atuou para favorecer contratos da empresa Hygea com prefeituras da RMC.
Em plenário, Pier Petruzziello se defende de acusações

“Não há uma prova contra mim”, disse Pier Petruzziello. (Foto: Rodrigo Fonseca/CMC)

“Depois de 13 anos de vida pública, é a primeira vez na minha vida que eu subo nesta tribuna para me defender. E isto é muito triste: quando você tem que se defender de algo que você não fez”. A fala é do vereador Pier Petruzziello (PP), que usou o horário do Pequeno Expediente da sessão plenária desta segunda-feira (9) para se defender das acusações de que ele teria atuado na intermediação de contratos da empresa Hygea com prefeituras da Região Metropolitana de Curitiba. A denúncia foi mote de uma reportagem da RPC, exibida no último dia 3.

A notícia exibiu trechos de uma delação feita por Gustavo Volpado, ex-sócio da Hygea, à Divisão de Combate à Corrupção da Polícia Civil do Paraná. No depoimento, ele informou que o vereador teria recebido pagamentos com o objetivo de facilitar a contratação da empresa pelas administrações de São José dos Pinhais, Colombo e Araucária. “A origem deste problema todo vocês sabem: nasce efetivamente na briga entre dois sócios. Um criminoso confesso vai até a Polícia Civil, faz um depoimento sem a promotora e, na sequência, faz um novo depoimento com a presença de uma promotora do Ministério Público”, rebateu Petruzziello.

“Não há uma prova contra mim”, acrescentou ele, para depois reiterar sua “confiança no Ministério Público e na Justiça do Paraná”. “Não respondo a nenhum processo, nem cível e nem criminal. O MP, depois do depoimento do criminoso confesso, dado em 28 de setembro de 2021, disse que [citando trecho do documento do órgão] ‘tais elementos não foram suficientes para demonstrar a efetiva ocorrência de crime eventualmente praticado pelas partes envolvidas’. Esse é o Ministério Público do Paraná, a quem tenho profundo respeito”, complementou.

O vereador afirmou, ainda, que, desde fevereiro, tinha conhecimento de que a reportagem seria veiculada e que, à época, seus advogados chegaram a levar o documento do MP à emissora. “[Foram] 14 minutos de uma matéria tentando acabar com a minha honra. E eu não estou preocupado com a minha carreira política. Estou preocupado com a minha honra. Estou preocupado com aquilo que acredito, com aquilo que eu sou e com a verdade. Não vão me destruir. Eu não vou deixar.”  

Sobre a conexão da denúncia a um regime de urgência cuja votação foi liderada por Petruzziello quando ele ainda era líder do Governo, na gestão Rafael Greca, o vereador também respondeu: “veio para Câmara a pedido da Prefeitura e, como líder, eu assinei”. “O regime de urgência assinado à época por 13 vereadores [foi] para reabrir uma UPA em Curitiba, que estava fechada e [cuja reabertura] era promessa de campanha do ex-prefeito Rafael Greca. Detalhe, naquela época [na campanha eleitoral], eu não apoiei o prefeito Rafael Greca, eu apoiava o antigo prefeito, que era contra a terceirização.”