Durante manifestação, MP e OAB agiram como observadores

por Assessoria Comunicação publicado 21/06/2017 12h55, última modificação 19/10/2021 09h04

Depois de o presidente da Câmara de Curitiba, Serginho do Posto (PSDB), suspender por mais uma semana a votação do chamado Plano de Recuperação, Ministério Público do Paraná (MP-PR) e Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-PR) atuaram como observadores, acompanhando as rodadas de negociação durante todo o dia. Rodrigo Kanayama, da OAB, participou do início da sessão plenária, presenciou a invasão e ocupação do plenário e participou de algumas reuniões com os vereadores. Olympio de Sá Sotto Maior, do MP, chegou à tarde e acompanhou a desocupação do Palácio Rio Branco (confira entrevista à imprensa).

“Não queremos que [o conflito] ocorra novamente”, sintetizou Kanayama, conselheiro da seccional no Paraná da OAB, que esteve no Legislativo para observar o desdobramento das votações do Plano de Recuperação desde o início da manhã. “Nas próximas semanas, inclusive, mais membros da Ordem dos Advogados estarão aqui, para acompanhar o processo de negociação”, afirmou. Ele é presidente da Comissão de Estudos Constitucionais e, na ocasião, representou o presidente da entidade, José Augusto Araújo de Noronha. Kanayama participou da coletiva com jornalistas, confira a entrevista.

Para Olympio de Sá Sotto Maior, coordenador do Centro de Apoio Operacional de Proteção aos Direitos Humanos do Ministério Público do Paraná, e que esteve na Câmara de Curitiba nas ocasiões em que o plenário foi ocupado por manifestantes, é importante que o Legislativo “possa cumprir a sua função, que é votar projetos de lei”. “Eu acho que quanto mais o Executivo intervém no debate, mais nos aproximamos de um texto de consenso”, ponderou.

“Não haverá um texto de absoluto consenso, mas um [texto] possível diante da situação experimentada pelo Município e da condição dos servidores, com seus direitos que precisam ser preservados”, defendeu o procurador de Justiça. No papel de observadores, ambas as instituições não buscam tomar lado na disputa entre Executivo e sindicatos do funcionalismo público. “Queremos”, afirmou Kanayama, “que o Legislativo seja preservado, já que é um poder instituído e representa a vontade da população”.