Data de criação da Gazeta do Povo pode virar Dia da Liberdade de Expressão

por José Lázaro Jr. | Revisão: Ricardo Marques — publicado 08/07/2025 11h35, última modificação 08/07/2025 14h35
Proposta sugere 3 de fevereiro como data oficial para mobilizar Curitiba em defesa do pluralismo e do respeito às opiniões divergentes.
Data de criação da Gazeta do Povo pode virar Dia da Liberdade de Expressão

Rodrigo Marcial quer data própria, em Curitiba, para a defesa da Liberdade da Expressão. (Imagem gerada por IA ChatGPT)

Com proposta que pretende reforçar o direito fundamental à liberdade de expressão, o vereador Rodrigo Marcial (Novo) protocolou projeto de lei para instituir o Dia da Liberdade de Expressão no calendário oficial de Curitiba, em 3 de fevereiro, data que marca a fundação da Gazeta do Povo. O autor defende que a iniciativa estimula o pluralismo e o respeito às vozes divergentes, “transformando a data em plataforma anual de mobilização da sociedade em defesa das liberdades civis”.

A proposta trazida à Câmara Municipal de Curitiba (CMC), segundo Rodrigo Marcial, tem como objetivo valorizar a liberdade de expressão como direito essencial à dignidade humana e ao exercício pleno da cidadania. O texto prevê que a nova data será acompanhada de ações de sensibilização e educação, como palestras, debates e campanhas públicas, promovidas pelo Poder Público, que deverá utilizar os recursos já existentes para ações de conscientização (005.00378.2025). 

De acordo com Rodrigo Marcial, a medida busca assegurar que “toda tentativa de silenciamento ou supressão de vozes seja repudiada como ato contrário ao interesse público e à ordem democrática”. No projeto, ele cria a previsão legal para o fomento a projetos sociais e artísticos que abordem a liberdade de opinião e a diversidade de pensamentos. “O debate livre e a diversidade de opiniões são indispensáveis para sociedades justas e democráticas”, afirma o vereador.

Na justificativa, o vereador argumenta que o contexto atual exige uma resposta da sociedade devido aos “ataques excepcionais à liberdade de expressão no Brasil desde 2019”, com episódios de censura e restrições à manifestação de ideias. Marcial cita decisões judiciais que impuseram remoções de conteúdo e suspensões de perfis de críticos ao governo, além de iniciativas legislativas no Congresso Nacional, que, segundo ele, “ameaçam a pluralidade ao propor controle estatal do discurso digital”.

Segundo ele, Curitiba deve liderar o movimento de resistência à censura e à repressão de ideias, “mobilizando escolas, universidades, imprensa e sociedade civil para promover o pluralismo e a defesa das liberdades civis”. O projeto de lei está em fase inicial de análise na Câmara Municipal de Curitiba e será avaliado pelas comissões temáticas antes de ser submetido ao plenário.

Clique na imagem abaixo para entender como funciona a tramitação de um projeto de lei na CMC: