Conselho de Ética vota admissibilidade de queixa contra vereador na segunda

por José Lázaro Jr. — publicado 04/07/2025 09h25, última modificação 04/07/2025 18h22
Reunião foi convocada após Eder Borges protocolar defesa prévia contra acusação de nepotismo na Câmara de Curitiba.
Conselho de Ética vota admissibilidade de queixa contra vereador na segunda

Reunião do Conselho de Ética será transmitida ao vivo pelo canal da CMC no YouTube. (Foto: Jean Lucredi/CMC)

Nesta segunda-feira (7), às 14h, o Conselho de Ética e Decoro Parlamentar (CEDP) se reunirá, na Câmara Municipal de Curitiba (CMC), para deliberar sobre a admissibilidade da representação contra o vereador Eder Borges (PL) por suspeita de nepotismo. A denúncia foi apresentada por Giorgia Prates - Mandata Preta (PT) após a publicação de notícia no The Intercept Brasil, sugerindo que Borges mantém um relacionamento afetivo com Andreia Gois Maciel, que é a mãe de Victoria Maciel de Almeida, atual chefe de gabinete do vereador.

O caso foi submetido a uma sindicância pelo corregedor Sidnei Toaldo (PRD), que, após avaliar documentos da Diretoria de Gestão de Recursos Humanos da CMC, decidiu submeter ao CEDP se é o caso de aprofundar a investigação ou não. “Verifica-se que não há, nesta fase de apuração, elementos suficientes e conclusivos que permitam aferir, de forma clara e objetiva, a real extensão da relação pessoal entre o vereador e a genitora da nomeada”, destacou Toaldo. Borges falou do caso em plenário, quando negou ter união estável com Andreia Maciel.

Notificado da abertura do Processo Ético Disciplinar (PED) 1/2025 pelo Conselho de Ética e Defesa Parlamentar, o vereador Eder Borges apresentou sua defesa prévia ao CEDP, que foi disponibilizada aos membros do colegiado (502.00001.2025). Em razão de Prates e Borges serem membros do Conselho, portanto serem considerados impedidos para participar da deliberação, o presidente do CEDP, Lórens Nogueira (PP), convocou os suplentes de ambos, Angelo Vanhoni (PT) e Olimpio Araujo Junior (PL).

Se a decisão do Conselho de Ética for pela continuidade da investigação, o presidente Lórens Nogueira realizará uma eleição entre os membros do CEDP, para definir o relator e o vice-relator do PED 1/2025, a quem caberá conduzir a fase de instrução do Processo Ético-Disciplinar, produzindo as provas que serão analisadas para o julgamento do caso. Na defesa prévia, Eder Borges já deve apresentar evidências que queira juntar ao processo e indicar até três testemunhas a serem inquiridas, por fato, limitadas a doze. A Corregedoria indicou a pena de censura pública, mas o CEDP pode propor o arquivamento ou a majoração da sanção.