Confirmada autorização para financiamento de binário

por Assessoria Comunicação publicado 08/10/2014 15h20, última modificação 27/09/2021 10h50
A Câmara Municipal aprovou em segundo turno, nesta quarta-feira (8), o projeto de lei que autoriza a Prefeitura de Curitiba a contrair operação de crédito para a implantação do binário Ahú/Jardim Botânico. A matéria prevê o financiamento de até R$ 9,4 milhões junto à Caixa Econômica Federal (CEF).

Devem ser contempladas intervenções nas ruas Jaime Balão, Padre Germano Mayer, Camões e Sete de Setembro. Segundo a mensagem 005.00209.2014, do prefeito Gustavo Fruet, as obras foram aprovadas pelo Ministério das Cidades no âmbito do Programa Pró-Transporte Público (PAC 2), com a contrapartida municipal de R$ 498,6 mil.

O presidente do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc), Sérgio Póvoa Pires, participou do debate. Ele explicou que o projeto apenas assegura a verba para o binário nas ruas Camões e Germano Mayer. “Temos um estudo. O projeto executivo será feito após a discussão com a sociedade”, disse.

Pires exibiu imagens do estudo e afirmou que a área de lazer que seria perdida com o binário, de 300 m², será compensada. “A ideia é que aumentemos a área verde, para que o impacto das obras na região seja benéfico”, declarou. Representante dos moradores, Drauzio Almeida também acompanhou a segunda votação do projeto de lei, que seguirá para a sanção do Executivo.

A aprovação teve 22 votos favoráveis. A vereadora Carla Pimentel (PSC) se absteve e Chicarelli (PSDC), Noemia Rocha (PMDB) e Rogério Campos (PSC) foram contrários à proposta. Para Chicarelli, a administração municipal não está dando atenção para as regiões carentes de Curitiba. “A prefeitura segue um caminho que prioriza grandes investimentos. Mostra sinais de fraqueza e endividamento”, defendeu.

“Falta orçamento para o asfalto, isso é inadmissível”, disse Noemia. Ela voltou a questionar o artigo 5º, e o líder do prefeito e o presidente da Comissão de Economia, respectivamente Pedro Paulo (PT) e Serginho do Posto (PSDB), afirmaram que o item é um “procedimento padrão”.

“Garantias são exigidas”, pontuou Serginho. “Ao assumir um contrato, o município tem que garantir que vai pagar a conta”, completou o líder. Pedro Paulo reforçou que a Comissão de Urbanismo discutirá a implantação do binário em audiência pública (ainda não agendada), para ouvir o Executivo e os moradores.

“Este discurso de pobres e ricos só cria mais discórdia. É, no mínimo, uma ignorância. O objetivo do binário é favorecer a mobilidade urbana”, posicionou-se Bruno Pessuti (PSC). “Se a prefeitura não fizer o projeto, o dinheiro será devolvido”, complementou.

Na avaliação na Professora Josete (PT), “cria-se uma falsa polêmica”. “Entendo que todos leram o projeto, que dispõe sobre a contratação de uma operação de crédito. Na sequência teremos espaço para discutir alterações”, avaliou. A vereadora defendeu que importantes linhas de ônibus passam pela região, como o Inter 2, e que o binário beneficiaria não só os moradores, mas toda a população.

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