Câmara vai homenagear jornalista Roberto Marinho

por Assessoria Comunicação publicado 16/06/2004 00h00, última modificação 12/04/2021 15h39

A Câmara Municipal aprovou nesta quarta-feira (16), por unanimidade, projeto de lei do vereador Fábio Camargo (PFL), que denomina de jornalista Roberto Marinho um dos logradouros da Capital.
O homenageado assumiu a direção do jornal "O Globo" em 1931, exercendo as funções de copidesque, redator-chefe, secretário e diretor do jornal.
Em 1944, com a inauguração da Rádio Globo, começou a formar o conglomerado de veículos de comunicação, mais tarde chamado de Organizações Globo. Em 1957, ganhou a primeira concessão de TV no Rio de Janeiro e, em abril de 1965, inaugurou a TV Globo.
O jornalista casou-se três vezes e com Stela Marinho, sua primeira mulher, teve quatro filhos, Roberto Irineu, José Roberto, João Roberto e Paulo Roberto. Também foi casado com Ruth Marinho e, em 1984, voltou a se casar com Lily de Carvalho, com quem conviveu até o final de sua vida.

A fundação que leva o nome do jornalista, destinada à promoção da cultura e educação no País, foi criada em 1977, numa iniciativa das Organizações Globo. É uma instituição privada, sem fins lucrativos, e faz parte do chamado Terceiro Setor da economia. Foi criada movida por uma missão, definida por seu idealizador, jornalista Roberto Marinho: "contribuir, através do uso dos meios de comunicação, para a solução dos problemas educacionais da maioria da população brasileira". A opção pela educação, se hoje é óbvia para o País, não o era quando pioneiramente a instituição foi criada e, com ela, o Telecurso, atendendo a uma demanda de milhões de brasileiros, que, por algum motivo, não concluíram o ensino básico.
Com seu foco voltado para a educação, transforma projetos de preservação do patrimônio e de ecologia em projetos de educação patrimonial e de educação ambiental. Como resultado de sua experiência bem sucedida em projetos educacionais, a Fundação colocou no ar, em 1997, o Futura, canal do conhecimento, viabilizado pela parceria com 15 instituições e grupos empresariais, que têm em comum o compromisso com a educação no País. Juntas, todas essas iniciativas compõem o universo ilimitado do conhecimento, para ajudar o Brasil a se tornar um país vitorioso.
ABL
Em 1993, Roberto Marinho candidatou-se à vaga da cadeira nº 39 da Academia Brasileira de Letras, que antes pertencia ao também jornalista Otto Lara Resende. Foi eleito em julho do mesmo ano, tomando posse em 19 de outubro. Em 1998, o jornalista dividiu com seus filhos o poder das Organizações Globo.
Roberto Marinho morreu em 6 de agosto do ano passado, aos 98 anos, no Rio de Janeiro.