Câmara media polêmica com moradores do entorno da Praça do Japão

por Assessoria Comunicação publicado 21/02/2018 14h25, última modificação 26/10/2021 08h10

Vereadores receberam na presidência da Câmara Municipal, após a sessão desta quarta-feira (21), o presidente do Conselho de Segurança (Conseg) do Batel, Acef Said, para debater o projeto da prefeitura para a implantação da primeira etapa do Ligeirão Norte-Sul. Moradores e comerciantes do entorno da Praça do Japão reclamam que as obras, cuja proposta foi apresentada em plenário pelo Instituto de Pesquisa e Planejamento de Curitiba (Ippuc), nesta manhã, trarão impactos à região. Segundo a proposta do Executivo, os ônibus farão o retorno para o Terminal Santa Cândida em uma rua que será reaberta na praça.

Na Câmara, Ippuc defende projeto do Ligeirão Norte-Sul

“Toda vez que você quer remediar este projeto dá este problema. Ficamos sabendo [da retomada da proposta] pela imprensa”, afirmou Said. “O que falta para nós é diálogo. Em momento algum ofendemos a figura do prefeito, do Ippuc. Se a obra esperou seis anos, que não seja feita no afogadilho. Vamos debater”, completou. “Representamos também a escola e a paróquia [Santa Teresinha do Menino Jesus].”

O presidente do Conseg compartilhou a sugestão que vereadores já haviam feito a técnicos do Instituto de Pesquisa e Planejamento de Curitiba, durante a sessão plenária, de que a primeira etapa da Linha Direta siga pelo menos até o Terminal Portão, e não até a estação-tubo Bento Viana. De acordo com o projeto, a segunda fase irá até o Terminal Capão Raso e a conclusão da obra até o Terminal Pinheirinho. Já Mauro Magnabosco, arquiteto do Ippuc e coordenador do projeto, argumentou que a extensão atrasaria o início da operação dos novos ônibus, além de questionar os custos extras, que poderiam representar até R$ 15 milhões.

Felipe Braga Côrtes (PSD) sugeriu que a Câmara promova uma reunião para aprofundar o debate sobre o projeto, na próxima semana. Além de moradores e comerciantes do entorno, a ideia é convidar para o debate representantes do Ministério Público do Paraná (MP-PR), frequentadores da praça e usuários do transporte coletivo.

“A Câmara é o local dos debates da cidade”, apontou o presidente do Legislativo, Serginho do Posto (PSDB). O parlamentar avaliou que “a maioria da população será beneficiada” e que nos últimos anos já foram investidos R$ 16 milhões para a implantação da linha. “A gestão não pode ser inerte. O ônibus normal [expresso, com parada em todas as estações-tubo] vai continuar. O ligeirão vai dar agilidade aos trabalhadores dos shoppings. Até o morador [do entorno] da praça vai se beneficiar. A prefeitura tem que pensar no transporte em massa. Não podemos impedir essa primeira fase, vamos deixar de atender uma grande parcela da população”, completou.

Também participaram da reunião os vereadores Professor Euler (PSD), Maria Leticia Fagundes (PV), Mauro Bobato e Oscalino do Povo, os dois últimos do Pode. Do Ippuc, além de Magnabosco, estavam presentes os arquitetos Guilherme Klock e Olga Prestes.