Com o objetivo de trazer economia aos cofres públicos e contribuir com a sustentabilidade, a Câmara Municipal de Curitiba (CMC) participará de processo seletivo em chamada pública, realizada pela Copel, por meio da apresentação de um projeto ao Programa de Eficiência Energética (PEE). A contratação de empresa especializada para a elaboração do projeto foi assinada na terça-feira (4), pelo presidente do Legislativo, vereador Tico Kuzma (Pros).

A empresa contratada, a Efi Energy, ficará responsável pela elaboração da análise técnica que dará suporte à substituição da matriz energética da Câmara. A iniciativa faz parte do Planejamento Estratégico do Legislativo, o qual tem no desenvolvimento sustentável uma de suas missões. Com isso, a ideia é a instalação de placas de energia fotovoltaica (que utiliza a luz e o calor solar), além da modernização das estruturas consumidoras de energia, como lâmpadas, aparelhos de ar-condicionado, entre outros equipamentos.

Para a confecção do plano, será realizado um diagnóstico energético das estruturas do Legislativo, que hoje conta com o Palácio Rio Branco e mais quatro prédios anexos. Ao todo, são 38 gabinetes parlamentares, mais de 120 salas administrativas e quatro espaços para estacionamento. Em 2019, período pré-pandemia, a energia elétrica gerava um custo R$ 33.260,97 ao mês, com média de consumo de 40.365 kWh/m.

A elaboração do projeto custará um total de R$ 26.100,00 e deverá ser entregue antes do prazo para submissão à Copel, que encerra no dia 28 de março. Também deverá conter as especificações para a execução das intervenções necessárias apontadas no diagnóstico.

De acordo com o presidente Tico Kuzma, a questão ambiental é uma das preocupações da atual mesa diretora, não apenas para a preservação do meio ambiente, mas também como forma de estimular a população a adotar práticas ambientalmente corretas. “Uma das medidas que consideramos essenciais neste momento, e que está alinhada inclusive com a estratégia adotada pela Prefeitura, é a utilização de energia limpa e renovável, como a fotovoltaica”, reforça.

O processo

O Programa de Eficiência Energética busca promover o uso racional e eficiente da energia combatendo o desperdício e melhorando o uso de equipamentos e processos. Anualmente as concessionárias selecionam para execução projetos de eficiência energética através de chamadas públicas. O principal documento analisado é o diagnóstico energético da instalação, no qual são levantados os potenciais de economia de energia e é detalhado o projeto proposto.

Segundo a Copel, este é o segundo edital lançado mais recentemente. Ao todo, R$ 20 milhões serão destinados à execução das propostas admitidas pela companhia. O objetivo do programa é o financiamento de projetos para o uso mais eficiente da energia, seja em condomínios, propriedades rurais, comércios, indústrias, entidades assistenciais e filantrópicas, além das instalações do poder público.

Os recursos são destinados por meio de duas modalidades, dependendo do tipo de atividade exercida pela unidade consumidora. Pode ser via fundo perdido, através de termo de cooperação técnica, ou com a previsão da devolução dos recursos, feita por meio de um contrato de desempenho. Vencem aqueles projetos que apresentarem maior potencial de redução de consumo, conforme análise da Copel e regulamentação da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica).

Economia

Recentemente o Legislativo lançou uma campanha, a Economiza CMC, com o objetivo de reduzir o consumo de energia elétrica e de água em pelo menos 10%, comparado aos números referentes a dezembro de 2018 a maio de 2019. O esforço ocorre desde o mês de dezembro de 2021 e segue até maio deste ano. A campanha Economiza CMC pretende conscientizar sobre o tema o público interno do Legislativo, formado por quase 700 pessoas, entre vereadores, servidores, estagiários e terceirizados (saiba mais).