Câmara aprova campanha contra o alcoolismo dentro de casa

por Assessoria Comunicação publicado 23/03/2007 11h30, última modificação 15/06/2021 10h06

Projeto de lei do vereador Mario Celso Cunha (PSDB) que autoriza a Prefeitura Municipal a realizar campanhas educativas sobre o uso de bebidas alcoólicas por crianças e adolescentes foi aprovado pela Câmara, com o apoio de todos os vereadores presentes.
O vereador ressaltou que "o objetivo da campanha é atingir os lares, buscando que as famílias evitem o uso de bebidas alcoólicas dentro de casa. Precisamos evitar que este tipo de mau exemplo seja responsável pela formação de milhares de viciados e dependentes, já que nas pesquisas realizadas 18% dos jovens declararam que começaram a beber dentro de casa".
Uma equipe do vereador esteve nas saídas de algumas escolas municipais, como a Omar Sabbag (Vila Oficinas), Duilio Calderari (São Lourenço), Piratini (Pinheirinho), Pró-Morar Barigüi (CIC) e Herley Mehl (Pilarzinho), fazendo uma pesquisa entre estudantes a partir de 12 anos de idade. Setenta e cinco por cento admitem que consumiram algum tipo de álcool, 20% declararam que fumam cigarro e 7% fumam maconha. Dos entrevistados, 45% têm pais que bebem ou irmãos que exageram na bebida e 18% admitem que começaram a beber dentro de sua própria casa.
Muitos pais admitem o uso de álcool dentro de casa como forma de evitar que o filho se embriague na rua, onde pode se envolver em confusões. Um erro que pode ser fatal. O líder do prefeito declarou que "o par alcoolismo/doença não é só preocupação da medicina, mas faz parte de um campo amplo de reflexões sociais, pois o alcoolismo é uma doença contagiosa, uma doença da família e não individual. Ela ataca esposa, filhos e dependentes, provocando estragos sociais irreversíveis".
Pelos dados da pesquisa, estudantes declararam beber com freqüência nos finais de semanas em eventos, festas e até mesmo em casa ou na casa de amigos. Tomam quatro ou cinco latinhas de cerveja num único dia. A maioria gasta até duas horas no sábado bebendo. Mario Celso disse que " alguns pais chegam a dar cachaça para os filhos, bebês, inclusive, para que durmam, fiquem calmos ou relaxados, para poder assistir televisão ou dormir. É um absurdo que não chega nas relações de ocorrências policiais ou sociais. Isso tem que ser combatido".
Fizeram apartes durante a votação e apoiaram o projeto os vereadores Serginho do Posto (PSDB), Pastor Valdemir (PR), Custódio da Silva (PAN), Nely Almeida (PSDB), André Passos (PT), Professora Josete (PT), José Roberto Sandoval (PSC), Mestre Déa (PP), Jair Cézar (PTB), Sabino Picolo (PFL) e Angelo Batista (PP).