Bombeiros, Coritiba e Rio Grande do Sul: veja 3 moções aprovadas
Dessas três moções, a única debatida em plenário foi a do vereador Eder Borges. (Foto: Rodrigo Fonseca/CMC)
Além do repúdio da Câmara Municipal de Curitiba (CMC) à violência política do MC Oruam contra a vereadora Amanda Vetorazzo (União/SP), a CMC aprovou mais três moções em plenário nesta quarta-feira (19). A pedido do vereador Fernando Klinger (PL), foi submetida e aprovada pelo plenário da Câmara de Curitiba uma moção em apoio à instalação de um posto e de um pelotão do Corpo de Bombeiros do Paraná no bairro Tatuquara (416.00006.2025).
“Há crescente demanda por serviços de emergência e pela necessidade de garantir maior agilidade no atendimento à população local e dos bairros vizinhos, como o Campo de Santana, Vitória Régia, Umbará, Caximba, Vila Pompéia e outros. A instalação estratégica do posto vai reduzir o tempo de resposta em situações de urgência, oferecendo maior segurança e bem-estar à comunidade”, diz a justificativa do requerimento, assinado por Fernando Klinger.
Fala da Professora Angela sobre o Coritiba é alvo de moção
Sem repetir os debates das sessões anteriores sobre racismo no futebol, os vereadores da Câmara de Curitiba aprovaram uma moção de protesto contra declarações feitas pela Professora Ângela (PSOL), no dia 9, sobre o Coritiba Foot Ball Club. Naquele dia, durante a aprovação da moção de apoio ao jogador de futebol Leonardo Pinheiro da Conceição, o Léo, zagueiro do Club Athletico Paranaense, a parlamentar disse que “Curitiba tem um histórico, né… [de racismo]. E o Coxa mais ainda… de racismo”. Depois, nas redes sociais e em plenário, ela se retratou.
A moção de protesto foi protocolada por João Bettega (União), tendo na coautoria Bruno Rossi (Agir), Bruno Secco (PMB), Da Costa (União), Eder Borges (PL), Guilherme Kilter (Novo), Lórens Nogueira (PP), Nori Seto (PP), Olimpio Araujo Junior (PL) e Renan Ceschin (Pode). Na justificativa, eles argumentam que a Professora Ângela usou “palavras infundadas, injustas e desrespeitosas, atingindo não apenas uma instituição centenária do futebol brasileiro, mas também sua imensa torcida, composta por cidadãos de diferentes origens e etnias” (413.00005.2025).
Eder Borges aprova moção em desagravo ao Rio Grande do Sul
Em conversa com jornalistas no Palácio do Planalto, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, disse, no dia 30 de janeiro, que “se não fosse a tragédia no Rio Grande do Sul teríamos feito superávit pela primeira vez em muitas décadas”. A fala de Lula foi entendida pelo vereador Eder Borges (PL) como desrespeitosa ao Rio Grande do Sul, que apresentou e aprovou, hoje (19), na Câmara de Curitiba, uma moção em desagravo ao estado gaúcho (416.00005.2025).
“A fala do presidente Lula afronta a dignidade da população do Rio Grande do Sul e, inclusive, desrespeita o sofrimento de todos, não só pela tragédia que desapropriou a população, mas pelas dores causadas pela perda de seus entes. Cumpre-nos, como representantes deste Legislativo, oferecer nosso apoio e reconhecer as dores causadas à população do Rio Grande do Sul”, registrou Eder Borges, na justificativa da moção, aprovada com três votos contrários (pela votação ser simbólica, não há registro no painel eletrônico).
Desde 2020, quando houve uma revisão do Regimento Interno (RI), a Câmara de Curitiba não conta mais com a moção de repúdio. Atualmente, existem dois tipos de moções, que podem ser usadas pelos vereadores para se posicionarem publicamente sobre acontecimentos locais, nacionais ou mesmo internacionais. A moção de apoio ou desagravo é usada para demonstrar solidariedade e a moção de protesto, para marcar a contrariedade do Legislativo a respeito de um tema, de uma instituição ou de uma pessoa.
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