Vereadores confirmam apoio à criação de estatal para PPPs em Curitiba
Votação da PARS S. A., em segundo turno, teve 24 votos a 4 no painel eletrônico. (Foto: Rodrigo Fonseca/CMC)
Com a votação positiva desta quarta-feira (18), a Prefeitura de Curitiba recebeu dos vereadores a autorização legislativa que precisava para criar uma nova empresa estatal. A maioria da Câmara Municipal de Curitiba (CMC) aprovou, em segundo turno, os parâmetros para a implantação da PARS S. A., a quem caberá acelerar o Programa Municipal de Parcerias Público-Privadas (PMPPP), instituído em 2006, mas que ainda não dispunha de estrutura própria para ser viabilizado (005.00453.2025).
Ontem, em primeiro turno, após uma longa discussão sobre a viabilidade financeira do empreendimento, que terá capital inicial de R$ 6 milhões e manutenção paga pelo Orçamento de Curitiba, os vereadores aprovaram uma emenda dando prazo de quatro anos para a PARS S. A. atingir autossuficiência financeira e operacional”. Por determinação da Câmara de Curitiba, “o Poder Executivo realizará avaliação rigorosa da performance financeira e operacional da PARS durante o quarto ano de sua constituição”.
Na etapa da justificativa de votos, os vereadores aproveitaram para fazer um balanço das votações em regime de urgência desta semana. Giorgia Prates - Mandata Preta (PT) começou a avaliação de conjuntura, classificando o esforço de “maratona de incoerência legislativa”, cuja “cereja do bolo” foi a criação da PARS. Líder do governo, Serginho do Posto (PSD) discordou, afirmando que a estatal “vai dar certo” e que, durante a semana, “tivemos votos dos independentes e da oposição [em alguns projetos]”. Renan Ceschin (Pode) e Delegada Tathiana Guzella (União) também criticaram a fala de Prates, que é a líder da Oposição na CMC.
Os vereadores Guilherme Kilter e Indiara Barbosa, do Novo, entraram em divergência com Camilla Gonda (PSB), que disse ficar “triste pelos eleitores do partido Novo”, que, na opinião dela, votaram para “inchar a máquina pública com a criação de cargos e empresa estatal”. Afirmando que seu partido apoia PPPs, Indiara Barbosa rebateu dizendo que “tem gente que não entende bem o que é o Novo, que está mais preocupada com a gente do que com os seus próprios eleitores”.
“Os sindicatos estão felizes, os servidores estão felizes, a Prefeitura atendeu aos pedidos e está tudo certo, mas para eles [a oposição de esquerda na CMC] enquanto não tiver a assinatura do PT, vai continuar sendo uma desgraça”, atacou Kilter. Já João Bettega (União), Bruno Secco (PMB) e Da Costa (União), que se abstiveram na votação da PARS, afirmaram ser contra a forma escolhida pelo Executivo para viabilizar as PPPs, por serem contra a criação de uma nova estatal, mas desejaram sorte à gestão.
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