Vereador comenta repercussão de projeto que proíbe banheiros unissex em Curitiba

por José Lázaro Jr. — publicado 16/11/2021 15h10, última modificação 17/11/2021 18h42
Em plenário, Ezequias Barros rebateu críticas que associam medida à homofobia e disse que nenhum projeto seu tinha recebido tanta repercussão positiva na CMC.
Vereador comenta repercussão de projeto que proíbe banheiros unissex em Curitiba

Com a pandemia, as sessões da CMC são híbridas, presencial e por videoconferência. Na foto, Ezequias Barros. (Foto: Rodrigo Fonseca/CMC)

Entusiasmado com a repercussão do projeto de lei que proíbe prédios públicos do Município de implementarem banheiros unissex, o vereador Ezequias Barros (PMB), nesta terça-feira (16), agradeceu o apoio nas redes sociais e rebateu críticas sobre a proposta ser homofóbica. “Nada contra a pessoa, cada um faz o que quer, mas não venham querer colocar ‘ideologia de gênero’ [nas escolas]”, disse.

Hoje, na terceira sessão consecutiva que o tema é trazido ao plenário da Câmara Municipal de Curitiba (CMC) pelo autor, Eder Borges (PSD) e Sargento Tânia Guerreiro (PSL) disseram apoiar a iniciativa. “Do tempo que estou aqui [na CMC], nunca vi tanta gente [me] parabenizar por um projeto”, constatou o parlamentar, que justifica a proibição (005.00296.2021) como “uma medida de proteção às crianças”.

“Na semana passada”, recuperou Eder Borges, “[o autor] foi indiretamente chamado de homofobico e eu considero isso um verdadeiro absurdo”. “Nada tem a ver com homofobia ou qualquer coisa nesse sentido. Está muito claro que a questão é proteger as crianças e as mulheres. Banheiro deve ser dividido entre homens e mulheres, por questão de segurança e para evitar assédio”, posicionou-se o vereador. Na semana passada, a proposta de Barros foi criticada por Maria Leticia (PV).

Para a Sargento Tânia Guerreiro (PSL), a implementação de banheiros unissex “é furtar a inocência da criança”. “Imagina a confusão na cabeça dela, que é um ser em formação”, argumentou a parlamentar. Os dois receberam agradecimentos pelo endosso à proposta, feitos por Ezequias Barros. “Não podemos arredar o pé. A grande maioria dos pais não querem esse tratamento [da ‘ideologia de gênero’]”, afirmou Ezequias Barros, depois de pontuar que ouviu o programa de rádio do vereador Denian Couto (Pode) tratar do assunto pela manhã de hoje.