Valdemir denuncia dificuldade de acesso a documentos da Urbs

por Assessoria Comunicação publicado 05/09/2013 18h20, última modificação 17/09/2021 10h46
Durante a reunião da CPI do Transporte Coletivo desta quinta-feira (5), o vereador Valdemir Soares (PRB) foi à tribuna comunicar a entrega de um relatório a respeito de sua permanência na Urbs, após a diligência realizada na manhã do dia 29 de agosto pelos demais parlamentares do colegiado. No conteúdo do documento, denuncia a dificuldade que ele e Chicarelli (PSDC) tiveram de acesso a contratos firmados pela empresa desde 2006.

“Houve uma grande resistência de assessores e do próprio diretor da Urbs para abrir os documentos que os membros da CPI queriam analisar. Mesmo já tendo o aval de Roberto Gregório anteriormente, nós fomos barrados. Fiz, então, à mão, um novo ofício pedindo urgente acesso, mas o diretor jurídico disse que tinha um prazo legal de 20 dias para dar resposta”, contou Valdemir Soares.

Segundo ele, após 40 minutos discutindo a possibilidade de acesso ao arquivo morto, eles puderam ver os 13 contratos de maior valor firmados pela Urbs. “Constatamos que a Dataprom, além de atuar no sistema de bilhetagem eletrônica, estava participando de outro consórcio que também envolve os PDAs (palm tops) e ainda em outro processo de compra de semáforos”, relatou Soares. Os PDAs aos quais o vereador se refere foram comprados há dois anos para servirem como ferramenta de trabalho a fiscais da Urbs e controladores de trânsito. No entanto, conforme constatado na diligência de quinta-feira (29), ainda não foram utilizados. A empresa justifica que ainda aguarda pelo desenvolvimento de aplicativos que serão necessários para o uso dos equipamentos.

Mauro Ignacio (PSB) propôs que a CPI vá à Urbs em uma força-tarefa, acompanhada de auditores e técnicos. Diante das informações sobre a resistência ao acesso de documentos, questionou se a prefeitura realmente apoia a investigação.

Subsídio na integração

Valdemir Soares disse que também foi localizado na diligência, um termo de cooperação entre a Urbs e o município de Araucária. “Araucária subsidia a integração do transporte com um aporte de R$ 1 milhão por mês. É a única cidade que integra a RIT (Rede Integrada de Transporte) a fazer esse tipo de contribuição e eu entendo ser um montante considerável”. Soares adiantou que será feito um estudo para verificar se outras cidades também poderiam contribuir com a integração por meio de subsídios. De acordo com ele, um novo relatório será entregue na próxima semana à  CPI, que falará sobre a diligência ao arquivo morto da Urbs realizada na segunda-feira (2).

Para Chicarelli, que também acompanhou a diligência, a questão de Araucária deve ser melhor investigada. Segundo ele, os valores não entram no Fundo de Urbanização de Curitiba (FUC), mas a Urbs não soube explicar como entram no sistema. “Prefeituras da região metropolitana têm sim que arcar com estes custos”, diz o vereador.