Torquato fala sobre o resultado das eleições

por Assessoria Comunicação publicado 30/10/2006 19h25, última modificação 14/06/2021 07h14
Na Câmara de Curitiba, a primeira sessão plenária depois do segundo turno das eleições, nesta segunda-feira (30), foi ocupada em grande parte por comentários sobre os resultados das urnas, que garantiram a reeleição de Roberto Requião no Paraná e do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.  
Celso Torquato (PSDB), presidente da Comissão de Legislação, Justiça e Redação, foi à tribuna para fazer análise sobre diversos aspectos  da campanha eleitoral, condenando uns e elogiando outros, porém fixando-se em  sua defesa por uma reforma político-partidária, que “impeça  a recondução aos cargos majoritários”. Torquato considerou que “a vontade popular mostrou outra preferência, a da reeleição”. Contudo, o parlamentar acha que a democracia do  País precisa amadurecer neste sentido. “O momento é de reflexão”, afirmou, referindo-se à entrevista coletiva de Lula, que se comprometeu a trabalhar pelas reformas, incluindo a político-partidária. “Desejo que o presidente reeleito tenha firmeza e seriedade em relação a esta questão”,  desejou.
Requião
Torquato também falou sobre o “quase empate eleitoral de Osmar Dias  e Roberto Requião”. O vereador disse estar com a “consciência tranqüila. Trabalhei muito  e se o Osmar não ganhou foi porque Deus não quis. A palavra do povo fala mais alto”.
Torquato trabalhou junto à Administração Regional do Portão, onde Fernando Guedes apresentou um excelente trabalho, segundo sua opinião. O parlamentar  elogiou o prefeito Beto Richa, em sua conduta ética, e “todos os que foram às ruas pedir pelo voto”, lembrando que o período pós campanha  “é importante  para analisar as falhas e os acertos  de cada partido”.
Aparteado por diversos vereadores, Torquato concordou com   Tico Kuzma (PPS) quanto aos malefícios da reeleição, principalmente, “pelo uso da máquina administrativa, que impede a eleição de novos”. Rui Hara (PSDB), que nos últimos dias ocupou a liderança de governo, ratificou as palavras de Torquato e Kuzma, observando que “quem está no poder, no mandato, tem muita força política”. Hara é a favor de um mandato maior, sem reeleição.
Já a presidente da Comissão de Educação e  Cultura, Nely Almeida (PSDB), ponderou sobre  diferentes  visões entre políticos e eleitores, que “no caso, optaram pela reeleição”. A vereadora disse que “o povo mostrou outra realidade, especialmente, em relação ao Nordeste do País”, referindo-se à distribuição de renda, dentro do programa emergencial desenvolvido pelo atual governo.  Aqui, no Estado, a parlamentar  acha que “embora o governo não seja ruim, teria sido bom renovar com Osmar Dias, em nome do fortalecimento da democracia”.