Surto de chikungunya no Paraguai está no radar da Comissão de Saúde

por José Lázaro Jr. | Revisão: Brunno Abati* — publicado 20/03/2023 09h20, última modificação 20/03/2023 09h30
Preocupação foi compartilhada pela secretária Beatriz Nadas com os vereadores da Comissão de Saúde em reunião na sexta.
Surto de chikungunya no Paraguai está no radar da Comissão de Saúde

Reunião da Comissão de Saúde com a secretaria de Saúde. (Fotos: Carlos Costa/CMC)

Na sexta-feira (17), a nova Comissão de Saúde da Câmara Municipal de Curitiba (CMC) se reuniu com a secretária de Saúde, Beatriz Battistella Nadas, na sede da pasta, para apresentar a composição renovada, com Alexandre Leprevost (Solidariedade) na presidência, e discutir ações para 2023. Participaram do encontro a equipe da Secretaria Municipal da Saúde (SMS) e os vereadores João da 5 Irmãos (União), Oscalino do Povo (PP) e Pastor Marciano Alves (Solidariedade).

“Viemos apresentar a nova composição da comissão e colocar o colegiado à disposição para colaborar com a saúde dos curitibanos. Temos alguns desafios à frente, como a saúde mental, e estaremos fiscalizando de perto as unidades de saúde da nossa cidade”, resumiu Leprevost. O vereador concordou na hora que a Comissão de Saúde ajudará o Executivo no combate ao Aedes aegypti, o “mosquito da dengue”, em razão do surto de chikungunya no Paraguai.

“Há um surto de casos de chikungunya no Paraguai, que é bastante próximo, está ao nosso lado”, alertou a secretária Beatriz Nadas, pedindo a cooperação na prevenção da doença. “O Aedes aegypti é um mosquitinho pequeno, mas muito preocupante, porque é capaz de transmitir três doenças: a dengue, a zika e a chikungunya. Essas doenças são todas transmitidas pela picada deste mosquito quando ele está contaminado”, explicou.

“Em Curitiba, a gente vem fazendo o controle do foco dos mosquitos e, felizmente, até o momento, ainda não há a transmissão dessas doenças na cidade, mas há sempre o risco [de] que isso possa acontecer. E como já temos o Aedes transmitindo dengue no Paraná, para esse outro vírus chegar a essas regiões, está muito fácil. A chikungunya é uma doença que pode se tornar crônica com dores articulares por dois anos”, disse a secretária da Saúde.

“A Comissão de Saúde já se comprometeu com a secretaria em ajudar a divulgar as informações necessárias para que a população possa colaborar. Vamos combater esse inimigo, que é um inimigo de todos nós”, confirmou Alexandre Leprevost. Ele, João da 5 Irmãos, e Oscalino do Povo concordaram em tratar do tema dentro do colegiado e em planejar ações de conscientização da população para intensificar o combate ao mosquito.

“Temos que eliminar as águas paradas para impedir a proliferação do mosquito. Com esse cuidado, estamos prevenindo três agravos importantes, porque, além da chikungunya, a dengue mata e a zika tem um impacto sobre as gestantes, pela relação com a microcefalia nos bebês”, informou Beatriz Nadas. Na reunião, a equipe da SMS e os vereadores também trataram da situação da covid-19 e do avanço da vacinação, do cancelamento do contrato da OZZ no ano passado e da rede de atendimento do SUS.





*Notícia revisada pelo estudante de Letras Brunno Abati
Supervisão do estágio: Alex Gruba