Retirada de passagem de nível no Ganchinho gera debate em plenário
Marcos Vieira (PDT) ocupou a tribuna da Câmara Municipal de Curitiba (CMC) nesta quarta-feira (7) para falar sobre o fechamento da passagem de nível nas Moradias Novo Horizonte, no bairro Ganchinho. De acordo com o vereador, quando a comunidade foi inaugurada, não havia acesso ao equipamentos públicos. Atualmente, esse acesso é pela rua Nova Esperança, onde está localizada uma passagem de nível ferroviário, que deverá ser interditada em breve.
“Há 20 anos a população se mobiliza para que seja regularizada essa passagem”, explicou Vieira. Segundo ele, recentemente a Rumo – empresa que detém a concessão da ferrovia – emitiu uma carta informando que, em 90 dias, fará a interdição da via e retirada da passagem. O vereador exibiu em plenário um vídeo do local no qual fica evidente o grande trânsito de veículos e de pedestres.
Marcos Vieira relatou que, de acordo com o Corpo de Bombeiros, o atendimento aos moradores da região poderá demorar 8 a 10 minutos a mais, caso a passagem de nível seja efetivamente fechada. “Vai congestionar o trânsito na [rua] Guaçuí, que já é um caos, complicando ainda mais a situação”, completou.
Para Serginho do Posto (PSDB), presidente da CMC, a questão levantada pelo parlamentar é importante. Ele citou o caso da Ecovia, concessionária que sofreu uma representação do seu mandato junto ao Ministério Público do Paraná há 12 anos por não cumpre o que está estabelecido no contrato. “Somente agora eles estão fazendo três intervenções urbanas [na BR 277] e em função das nossas audiências”. Com relação à Rumo, ele disse ser o caso de acionar o Ministério Público Federal. “Nem a limpeza e as manutenções básicas eles fazem. Eles não têm compromisso com as comunidades”, declarou.
Mestre Pop (PSC) chamou atenção para o fato de que a região conta apenas com três vias de acesso ao centro da cidade, sendo uma delas a que vai ser interditada. Goura (PDT) também se somou às preocupações de Marcos Vieira e lembrou de todas as intersecções da malha ferroviária, citando uma passagem na Vila Torres que dificulta a mobilidade da população. “A Rumo também é responsável pela depredação e o vandalismo que tomaram conta da Casa do Ipiranga, na Serra do Mar. Trata-se de um problema histórico, recorrente e que merece toda a atenção da Câmara Municipal”, finalizou.
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