Câmara de Curitiba vota prorrogação do Plano Municipal de Educação

por Fernanda Foggiato | Revisão: Ricardo Marques — publicado 24/10/2025 09h55, última modificação 24/10/2025 10h52
Mensagem será votada nesta segunda (27); Prefeitura de Curitiba requer prorrogação do PME até março de 2026.
Câmara de Curitiba vota prorrogação do Plano Municipal de Educação

Plenário da Câmara de Curitiba vota seis projetos nesta segunda-feira (27); sessão tem início às 9h. (Foto: Rodrigo Fonseca/CMC)

A autorização legislativa à prorrogação da vigência do Plano Municipal de Educação (PME) será votada pelos vereadores da capital, na sessão plenária desta segunda-feira (27). Encaminhada pelo prefeito Eduardo Pimentel à análise da Câmara Municipal de Curitiba (CMC) no começo do mês de julho, a mensagem pede que a vigência da lei seja estendida até o dia 31 de março de 2026.

Válida por 10 anos, a lei municipal 14.681/2015  foi o primeiro PME elaborado exclusivamente para Curitiba. Ela estabelece as diretrizes para a melhoria da qualidade do ensino na cidade, em todos os níveis de ensino, desde a Educação Infantil. Além disso, são traçadas estratégias e metas para a superação do analfabetismo e a valorização dos profissionais da Educação, entre outras temáticas. A norma era válida até 24 de junho de 2025.

Na justificativa da proposta de lei, o Executivo explica que a prorrogação é “necessária e tecnicamente justificada diante da indefinição quanto à aprovação e publicação do novo PNE [Plano Nacional de Educação, que era válido até junho de 2024]”. “A prorrogação do PME permitirá que sua revisão ocorra de forma articulada ao novo Plano Nacional, assegurando coerência normativa e programática entre as políticas educacionais nos níveis municipal, estadual e federal”, afirma a mensagem (005.00505.2025).

“É uma medida que garante a continuidade e a coerência das ações municipais com o planejamento nacional, fortalecendo a política educacional de forma integrada, democrática e eficiente”, acrescenta a justificativa da proposta de lei. Se aprovada em primeiro turno, a proposição retorna à Ordem do Dia na próxima quarta-feira (29), já que a sessão desta terça (28) será reservada para a audiência pública da Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2026.

>> Confira a Ordem do Dia desta segunda.

O projeto que deu origem à lei municipal 14.681/2015 foi encaminhado à análise da Câmara de Curitiba no fim de maio de 2015, a partir do texto aprovado na Conferência Municipal de Educação. Depois do debate nas comissões, a proposta foi levada à votação em plenário, em junho daquele ano.

Das 63 emendas propostas pelos vereadores, 14 foram aprovadas. A discussão foi pautada, principalmente, pelos termos “gênero” e “diversidade” – suprimidos do texto. A polêmica também tomou conta das galerias do Palácio Rio Branco, lotadas por manifestantes com diferentes opiniões sobre a redação do primeiro PME da cidade de Curitiba.

O PME reúne 10 diretrizes, 26 metas e 337 estratégias voltadas à educação da capital paranaense. A “superação do analfabetismo” e a “universalização do atendimento escolar” são as primeiras diretrizes do plano, que também aborda a “valorização dos profissionais da educação escolar básica” e a “promoção dos princípios do respeito aos direitos humanos, à diversidade cultural e à sustentabilidade socioambiental, com direito à identidade biológica (do homem e da mulher)”.

Outras cinco linhas de atuação são “superação das desigualdades educacionais”; “melhoria da qualidade da educação”; “formação para o trabalho e para a cidadania”; “fortalecimento da gestão democrática e dos princípios que a fundamentam”; “promoção humanística, científica, cultural e tecnológica do município”; e “o fortalecimento do regime de colaboração”. 

Plenário vota outras mensagens, Vulto Emérito, Utilidade e denominação

Dos seis projetos da ordem do dia desta segunda, mais dois são de autoria da Prefeitura de Curitiba. Assim como a prorrogação do PME, um ajuste técnico na lei municipal 16.395/2024, que autorizava a venda direta de um lote no bairro Capão Raso em favor de Antônio Carlos Pontes Coelho, será votado em primeiro turno. O objetivo da mensagem é corrigir a ementa da norma, para que a operação imobiliária conste em nome de pessoa jurídica, a Móveis PC Ltda., e não de pessoa física (005.00600.2025).

Em segundo turno, segue à deliberação do plenário a venda direta de um lote público com área de 301,62 m², com benfeitorias, incrustada entre outros imóveis, para Jaison dos Santos e Valdomira Duma. O terreno localiza-se na rua Coronel Otoni Maciel, no bairro Vila Izabel. Laudo emitido pela Comissão de Avaliação de Imóveis (CAI), da Secretaria Municipal de Administração e Tecnologia da Informação (Smati), atribuiu à operação imobiliária o valor de R$ 61,5 mil (005.00437.2025).

Outras três iniciativas completam a próxima Ordem do Dia do Legislativo. De Zezinho Sabará (PSD), projeto de decreto legislativo sujeito à votação em segundo turno reconhece o empresário Almir Wilhelm Parigot de Souza Filho com o título de Vulto Emérito de Curitiba (116.00006.2024). Em primeira votação, o vereador Renan Ceschin (Pode) propõe a Declaração de Utilidade Pública Municipal à Reprodução Assistida para Todos (Gestar), instituição sem fins lucrativos com o propósito de subsidiar tratamentos de reprodução assistida, entre outros projetos (014.00017.2025). Laís Leão (PDT), por sua vez, é a autora de denominação de logradouro em homenagem ao engenheiro civil Luiz Cláudio Mehl, falecido em maio de 2025, aos 79 anos de idade (008.00010.2025).

>> As sessões plenárias são realizadas de segunda a quarta-feira, a partir das 9h, e são transmitidas pelo YouTube da Câmara de Curitiba.