Projeto propõe sensores de segurança nas portas dos ônibus

por José Lázaro Jr. | Revisão: Ricardo Marques — publicado 21/10/2025 11h45, última modificação 21/10/2025 11h44
Proposta de Delegada Tathiana Guzella busca reduzir acidentes e ampliar a segurança no transporte coletivo de Curitiba.
Projeto propõe sensores de segurança nas portas dos ônibus

Projeto da vereadora Delegada Tathiana altera lei municipal que regulamenta transporte público em Curitiba. (Foto: Rodrigo Fonseca/CMC)

delegada tathi

Evitar acidentes durante o embarque e o desembarque em ônibus é o objetivo do projeto de lei da vereadora Delegada Tathiana Guzella (União), que altera a lei municipal 13.885/2011, responsável pelo sistema de videomonitoramento do transporte coletivo de Curitiba. A proposta original, protocolada em 4 de agosto de 2025, acrescentava o artigo 1º-A à lei, permitindo que o Município adotasse sensores de presença, de pressão ou dispositivos similares nas portas automáticas dos ônibus, estações-tubo e terminais. O texto detalhava que esses mecanismos serviriam para detectar pessoas ou objetos que obstruíssem o fechamento das portas, prevenindo lesões e danos físicos aos passageiros.

Com o substitutivo geral (031.00280.2025), apresentado após recomendação da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara Municipal de Curitiba (CMC), a redação foi ampliada e tornou-se mais genérica, transformando a proposta em um conjunto de diretrizes complementares. Em vez de autorizar o uso de sensores específicos, o novo texto passa a incentivar a adoção de tecnologias e equipamentos que reduzam o risco de acidentes, como sensores de presença, dispositivos de alerta e sistemas de monitoramento integrados.

A mudança tem dois efeitos principais: retira a prescritividade técnica do projeto — que antes mencionava tipos de sensores e modos de funcionamento — e reforça seu caráter programático e orientador, sem criar obrigações diretas para o Executivo. Além disso, o substitutivo define um prazo de 60 dias para entrada em vigor da lei, o que não constava na versão original.

Segundo a autora, a reformulação “mantém o foco na segurança dos passageiros, mas adequa a proposta às competências legais do Legislativo e às recomendações da CCJ”. A vereadora destaca que a medida está alinhada aos princípios de eficiência e segurança previstos na Constituição Federal e na Política Nacional de Mobilidade Urbana. O projeto segue em análise pelas comissões temáticas da Câmara.

Clique na imagem abaixo para entender como funciona a tramitação de um projeto de lei na CMC: