Proibição de yoga no Jardim Botânico repercute em plenário

por Assessoria Comunicação publicado 23/04/2018 12h55, última modificação 26/10/2021 11h20

A ação por parte de uma servidora da Prefeitura de Curitiba, que impediu a prática do Yoga no Parque, realizada no Jardim Botânico, no último sábado (21), por causa do impacto sobre a grama, foi criticada durante a sessão plenária desta segunda-feira (23), na Câmara Municipal. Primeiro vereador a se manifestar, o líder da oposição na Casa, Goura (PDT), chamou de “desrespeitosa” a postura da servidora com os participantes. Segundo o parlamentar, a atividade já ocorre no local há quatro anos e, como professor e praticante de yoga, Goura afirmou que a prática é “benéfica em diversos sentidos”.

O parlamentar ainda disse que há disparidade no tratamento em relação a diversas situações. Goura mostrou uma foto em que, segundo ele, havia centenas de pessoas pisando na grama durante uma apresentação de uma orquestra, neste final de semana, e que não coube medida do Executivo, mas que “acham que tem impacto as pessoas colocarem o seu tapetinho na grama”, pontuou. Ele criticou ainda a fala do prefeito, em uma rede social, de que ele (Rafael Greca) teria construído todos os parques da cidade. “Ele usa a primeira pessoa do singular”, afirmou. O líder da oposição mencionou também a resposta de Rafael Greca, que está em viagem oficial, que teria dito que “os praticantes devem ter local mais apropriado [para a prática do yoga] no Jardim Botânico”

Somando-se à Goura, Professora Josete (PT) disse que a administração municipal precisa “ter minimamente bom senso” em relação à utilização dos espaços públicos. “Não acredito que o uso da grama para yoga tenha impacto” e que “o espaço está sendo muito bem utilizado”, completou. Maria Leticia Fagundes (PV) defendeu que o grupo Yoga no Parque permaneça onde está, mas observou ser necessário pensar no uso dos parques e praças por outras entidades esportivas. A vereadora informou que será realizada uma audiência pública, na Câmara, junto da Secretaria Municipal do Meio Ambiente (SMMA) para tratar do assunto.

Em resposta às críticas, o líder do prefeito, Pier Petruzziello (PTB), reforçou que quem proibiu a prática do yoga no Jardim Botânico foi uma servidora do Município e não o prefeito. “Em gesto absoluto de humildade e serenidade, [o prefeito] pede desculpa ao povo curitibano”, disse. Ele frisou que o chefe do Executivo “determinou imediatamente” que a secretária de Meio Ambiente, Marilza, Dias recebesse o grupo, e afirmou pela continuidade das atividades no parque. “Não vejo motivo para polêmica, o ato nem foi dele”, completou. O vereador destacou ainda que a oposição utiliza-se de “detalhes” para criticar a gestão municipal. Em resposta à Goura, falou que o prefeito corrigiu sua fala, em outra rede social, e assumiu ter feito alguns dos parques da capital. “O prefeito, com uma capacidade quase que única, criou os parques, mas não todos”, finalizou.