Prefeitura pede aval da Câmara para prorrogar Plano de Educação

por Fernanda Foggiato | Revisão: Ricardo Marques — publicado 15/08/2025 11h10, última modificação 15/08/2025 11h12
Mensagem enviada pelo prefeito prorroga vigência do Plano Municipal de Educação (PME) de Curitiba até março de 2026.
Prefeitura pede aval da Câmara para prorrogar Plano de Educação

Válido por dez anos, PME reúne diretrizes para melhorar a educação de Curitiba em todos os níveis de ensino. (Foto: Carlos Costa/CMC)

As comissões da Câmara Municipal de Curitiba (CMC) devem dar início à discussão de projeto de lei em que o Executivo pede a autorização dos vereadores para prorrogar a vigência do Plano Municipal de Educação (PME) até o dia 31 de março de 2026. A lei com as diretrizes para melhorar o ensino da cidade, em todos os níveis, era válida por dez anos, até 24 de junho de 2025.

Na justificativa da mensagem, a Prefeitura de Curitiba explica que a prorrogação é “necessária e tecnicamente justificada diante da indefinição quanto à aprovação e publicação do novo PNE [Plano Nacional de Educação]”. Válida até junho de 2024, a legislação federal segue em discussão.

“A prorrogação do PME permitirá que sua revisão ocorra de forma articulada ao novo plano nacional, assegurando coerência normativa e programática entre as políticas educacionais nos níveis municipal, estadual e federal. É uma medida que garante a continuidade e a coerência das ações municipais com planejamento nacional, fortalecendo a política educacional de forma integrada, democrática e eficiente”, acrescenta a justificativa da proposta de lei (005.00505.2025).

Protocolada no dia 7 de julho, a mensagem já recebeu a instrução da Procuradoria Jurídica (Projuris) da CMC. O próximo passo será a discussão da matéria na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).

Como foi a discussão do primeiro PME de Curitiba?

A lei municipal 14.681/2015 foi o primeiro Plano Municipal de Educação (PME) elaborado exclusivamente para Curitiba. O projeto foi encaminhado à análise da Câmara no fim de maio de 2015, a partir do texto aprovado na Conferência Municipal de Educação”. Depois do debate nas comissões, a proposta foi levada à votação em plenário, em junho daquele ano.

Das 63 emendas propostas pelos vereadores, 14 foram aprovadas. A discussão foi pautada, principalmente, pelos termos “gênero” e “diversidade” – suprimidos do texto. A polêmica também tomou conta das galerias do Palácio Rio Branco, lotadas por manifestantes com diferentes opiniões sobre a redação do primeiro PME da cidade de Curitiba.

O PME reúne 10 diretrizes, 26 metas e 337 estratégias voltadas à educação da capital paranaense entre 2010 e 2025. A “superação do analfabetismo” e a “universalização do atendimento escolar” são as primeiras diretrizes do plano, que também aborda a “valorização dos profissionais da educação escolar básica”; e a “promoção dos princípios do respeito aos direitos humanos, à diversidade cultural e à sustentabilidade socioambiental, com direito à identidade biológica (do homem e da mulher)”.

Outras cinco linhas de atuação são “superação das desigualdades educacionais”; “melhoria da qualidade da educação”; “formação para o trabalho e para a cidadania”; “fortalecimento da gestão democrática e dos princípios que a fundamentam”; “promoção humanística, científica, cultural e tecnológica do município”; e “o fortalecimento do regime de colaboração”. As metas e estratégias constam em um documento anexo ao projeto de lei.

📌 Clique na imagem abaixo para entender como funciona a tramitação de um projeto de lei na CMC: