Política de Prevenção ao Câncer de Ovário na pauta de terça

por Fernanda Foggiato — publicado 05/02/2021 15h24, última modificação 05/02/2021 15h24
Projeto de lei quer estimular o diagnóstico precoce da doença, que tem uma alta taxa de mortalidade.
Política de Prevenção ao Câncer de Ovário na pauta de terça

Política de Prevenção ao Câncer de Ovário traz ações para estimular o diagnóstico precoce da doença. (Imagem: Canva)

A Câmara Municipal de Curitiba (CMC) discute, na sessão desta terça-feira (9), a criação da Política de Prevenção e Combate ao Câncer de Ovário. Proposta pela vereadora Maria Leticia (PV), a iniciativa pretende estimular, por meio de campanhas anuais, a realização de exames especializados para a detecção desse tipo de tumor (005.00107.2020).

Também são objetivos da política proposta: a oferta dos exames especializados no SUS da capital; a disponibilização de informações sobre a doença em todas as unidades da rede municipal de saúde e durante a campanha Outubro Rosa; a promoção de assistência multidisciplinar (médico, psicológico e social) às pacientes, por meio do atendimento humanizado; e o fomento do debate sobre o tema junto às organizações não governamentais e a sociedade civil.

Conforme o projeto de lei, as orientações informativas e as campanhas de prevenção sobre o câncer de ovário seriam realizadas pelos canais já disponíveis e utilizados pela Secretaria Municipal da Saúde (SMS). É sugerida à pasta a realização de atividades de capacitação voltadas aos profissionais da saúde. “As despesas decorrentes da execução desta lei correrão à conta das dotações orçamentárias próprias, a serem incluídas na Lei Orçamentária Anual”, completa o texto.

A autora pondera que, embora a campanha Outubro Rosa tenha ampliado os debates para a saúde da mulher, o foco ainda é o câncer de mama, seguido pelo câncer de colo de útero. “Segundo informações do Hospital Erasto Gaertner, o câncer de ovário é o câncer ginecológico de maior letalidade, apesar de ser menos frequente. Isso porque é o mais difícil de ser diagnosticado em estágios iniciais, fazendo com que a mulher receba o diagnóstico já com a doença em estágio avançado, mais difícil de tratar e curar”, alerta Maria Leticia.

Ainda de acordo com dados do Hospital Erasto Gaertner, cerca de ¾ dos tumores malignos já estão em estágio avançado quando são diagnosticados. O exame de papanicolau, acrescenta a vereadora, não detecta o câncer de ovário, segundo tipo mais comum de tumor maligno ginecológico. “Por isso, uma política específica para o câncer de ovário é necessária. A demora na detecção faz com que a doença tenha uma alta taxa de mortalidade, o que deve ser alvo da preocupação e da atenção do poder público”, reforça.

De Mauro Ignácio (DEM), também para a votação em primeiro turno, entra na pauta a proposta de denominação de logradouro não especificado como Lucia Domacoski Lunardon (009.00015.2020). Falecida em junho de 2005, ela é filha de um dos casais pioneiros poloneses na Colônia Santo Inácio, bairro com a qual contribuiu por meio da atuação na paróquia local.

Na terça, em segundo turno, retornam à pauta os projetos acatados na véspera (8), quando os vereadores analisam, em regime de urgência, a aplicação de multa a quem furar a fila da vacina contra o novo coronavírus e a ampliação do programa Refic Covid-19.

Na quarta-feira (10), além da votação de projetos em segundo turno e de outras proposições na segunda parte da ordem do dia, como as indicações ao Executivo, será realizada a Tribuna Livre. Por iniciativa do vereador Mauro Bobato (Pode), a CMC recebe a diretora do Departamento de Logística da Secretaria Municipal da Educação (SME), Maria Cristina Brandalize (076.00002.2021).

As sessões plenárias têm transmissão ao vivo pelos canais da CMC no YouTube, no Facebook e no Twitter. Confira as ordens do dia de segunda, de terça e de quarta-feira.