A aprovação do Orçamento de Curitiba para 2026 começa a ser decidida na próxima quarta-feira (25) pelos vereadores da capital do Paraná. Neste dia, a Câmara Municipal de Curitiba (CMC) vota, em primeiro turno, o projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) elaborado pelo Executivo. A LDO 2026 traz as indicações do que a Prefeitura de Curitiba planeja realizar no ano que vem, quando, pela primeira vez, o orçamento da cidade atingirá o patamar de R$ 15,6 bilhões, 7,5% superior ao deste ano (013.00003.2025).

A LDO 2026 foi enviada pela Prefeitura de Curitiba ao Legislativo no dia 15 de maio e, nos 45 dias em que ficou sob análise dos vereadores, foi submetida ao escrutínio da Procuradoria Jurídica e da Comissão de Economia e passou pela consulta pública, que revelou o desejo da população por mais segurança pública. A LDO 2026 também foi o tema de uma audiência pública, com representantes do Executivo, no dia 9 de junho, quando os vereadores questionaram os investimentos previstos pela Prefeitura para o ano que vem.

Durante o período para emendas ao projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias, 7 foram apresentadas pelos vereadores, mas apenas 2 foram admitidas pelo relator, Serginho do Posto (PSD), que também preside a Comissão de Economia, Finanças e Fiscalização. As duas emendas admitidas foram protocoladas pela vereadora Giorgia Prates - Mandata Preta (PT), em coautoria com Angelo Vanhoni (PT), Camilla Gonda (PSB), Professora Angela (PSOL) e Vanda de Assis (PT). Elas sugerem aumentar o controle de zoonoses (304.00004.2025) e as ações de saúde ocupacional no Executivo (305.00005.2025).

Segundo a LDO 2026, as áreas que mais receberão recursos são Saúde (21,63%), Previdência (21,04%), Educação (19,14%), Urbanismo (9,64%) e Administração (6,71%). Estão previstos R$ 1,070 bilhão em investimentos, mantendo o recorde alcançado em 2025, e R$ 337,3 milhões para a reserva de contingência, que é uma “poupança” para situações extraordinárias. As despesas com pessoal custarão R$ 7,1 bilhões em 2026, enquanto o pagamento de dívidas demandará R$ 372 milhões (amortização, juros e encargos). Os precatórios somarão R$ 90 milhões.

No mesmo dia, está prevista a votação, em segundo turno, da tomada de novos financiamentos pela Prefeitura de Curitiba, no valor de R$ 1 bilhão  para a implementação de ônibus elétricos e geração de energia solar em equipamentos públicos da cidade (005.00407.2025 e 005.00408.2025). A sessão plenária de quarta-feira (25) será transmitida ao vivo pelo canal da CMC no YouTube.