Maio Amarelo: Vereadores debatem ações para trânsito seguro

por Assessoria Comunicação publicado 07/05/2018 14h50, última modificação 27/10/2021 06h46

O lançamento da campanha da Prefeitura de Curitiba, na última sexta-feira (4), sobre o Maio Amarelo, repercutiu na sessão desta segunda-feira (7) da Câmara Municipal. Os vereadores chamaram a atenção para ações que consideram importantes para diminuir o número de mortos e feridos no trânsito, justamente o mote do movimento internacional, que pretende reunir o poder público e a sociedade civil nesse engajamento. Vítima de um acidente grave em 2006, em que teve o antebraço esquerdo amputado, Pier Petruzziello (PTB) sugeriu, por exemplo, “mais gentileza e mais respeito”.

“Não teclar no celular enquanto estamos dirigindo. Basta um segundo. Respeitemos todos nós, os ciclistas. Que o jovem não vá para a balada de carro, se for beber. Não saia dirigindo bêbado. Se um pedestre [alcoolizado], que causou meu acidente, é perigoso, imagine um motorista”, apontou Petruzziello. Ele disse nunca ter usado o assunto em campanha: “Não é um tema que tem que ser explorado a nível político. Preferia com toda certeza estar com os dois braços, mas fica uma lição”.

Líder da oposição, Goura também falou sobre o Maio Amarelo e o evento da prefeitura. Segundo ele, os números de mortes no trânsito em Curitiba vêm caindo desde a implantação de um projeto municipal, em 2010. “Em 2017 tivemos 178 óbitos decorrentes do trânsito. É uma queda em relação a 2016, que teve 196 pessoas mortas. Em 2011, para se ter uma ideia, foram 311 óbitos”, apontou o parlamentar. “Não gosto de dizer acidente. Em geral é uma falha estrutural ou comportamental. Mas o que mais os gerou foi o álcool, seguido de perto pela velocidade e por [problemas na] infraestrutura”, continuou.

Para Goura, “se não tiver uma engenharia que force a redução da velocidade, não é uma simples placa dizendo 40 quilômetros [por hora] que vai reduzir a velocidade nas vias”. “Que as campanhas educativas não sejam interrompidas como foram até o momento [pela gestão]. A gente não pode culpar o pedestre por atravessar fora da faixa. Não é simplesmente culpar a vítima”, complementou.

“Então, Goura, essas bandeiras todos concordam, e essa é dos 38 vereadores”, respondeu Petruzziello. Thiago Ferro (PSDB), que também participou do evento na última sexta, destacou o depoimento do líder, sobre seu acidente. “Que neste mês possamos valorizar a vida através do trânsito mais seguro”, comentou. Já para Osias Moraes (PRB), “precisamos não só educar, mas punir exemplarmente”, em referência “a quem ainda insiste em beber e dirigir”.