Embaixadora da Venezuela agradece Curitiba pela recepção aos imigrantes

por Pedritta Marihá Garcia — publicado 24/11/2020 11h15, última modificação 24/11/2020 12h06
Maria Teresa Belandria representa o governo autoproclamado de Juan Guaidó, reconhecido pelo Brasil desde janeiro de 2019.
Embaixadora da Venezuela agradece Curitiba pela recepção aos imigrantes

Maria Teresa Belandria, embaixadora da República Bolivariana da Venezuela no Brasil, esteve no plenário do Legislativo nesta terça. (Foto: Rodrigo Fonseca/CMC)

Em passagem pelo Paraná nesta semana, a embaixadora da República Bolivariana da Venezuela no Brasil, Maria Teresa Belandria, esteve na Câmara Municipal de Curitiba (CMC) na sessão plenária desta terça-feira (24). O motivo da visita foi para agradecer a cidade, em especial, os vereadores pela receptividade aos imigrantes venezuelanos e o apoio na implementação de políticas públicas para sua população.

Segundo Belandria, os primeiros venezuelanos migraram para o estado em 2015 e hoje, somente em Curitiba, a comunidade local reúne cerca de mil pessoas, “que cada dia mais estão trazendo suas famílias”. Representante do governo autoproclamado da Venezuela, comandado por Juan Guaidó e reconhecido pelo Brasil desde 2019, a embaixadora lembrou que seus compatriotas saíram do país natal fugindo de uma grave crise política, econômica e humanitária e aqui na capital encontraram “uma cidade amável, que os acolheram bem”.

“[Na Venezuela], o salário mínimo é um dólar por mês, cerca de R$ 5,00. A crise venezuelana é complexa, muito difícil. [Aqui no Brasil], os venezuelanos foram inseridos na auxílio emergencial da pandemia e estão sendo inseridos no Cadastro Único do governo federal”, contou Maria Teresa. Para ela, é importante que seu país esteja próximo não só do poder público em âmbito nacional, mas também do poder público local, pois está mais próximo da sua comunidade.

Filho de imigrantes, Sabino Picolo (DEM), presidente da CMC, lembrou que, no Brasil, mesmo em meio à pandemia da covid-19, os venezuelanos não ficaram desemparados, já que o auxílio emergencial garante o equivalente a 100 salários mínimos da Venezuela. “A Maria Teresa, embaixadora, é professora universitária e ganha U$ 1,00 por mês. O nosso auxílio [paga] mais ou menos U$ 120. Nós brasileiros estamos fazendo nossa parte”, completou.

“Para nós, visitarmos as autoridades locais é muito importante, porque as autoridades locais são as que estão mais próximas dos problemas dos venezuelanos. Na prática, quem resolve os problemas dos imigrantes são os autoridades locais. Quero agradecer o acolhimento, o tratamento para com os venezuelanos”, disse ao presidente da CMC, em agradecimento à receptividade e à sensibilidade para com os imigrantes.

Além de Maria Teresa Belandria, o Legislativo também recebeu a visita de Blanca Montilla, representante do país em São Paulo, e por Gabriela Álvarez, assessora de imprensa da embaixada. Nesta semana, a comitiva ainda visitará a Prefeitura de Curitiba, Assembleia Legislativa do Paraná, a Secretaria de Estado da Justiça, Família e Trabalho, a Polícia Federal e o Departamento Estadual de Trânsito (Detran-PR), dentre outros órgãos.