Em visita à Câmara, Rubens Bueno defende reforma da Previdência

por Assessoria Comunicação publicado 06/05/2019 15h00, última modificação 05/11/2021 11h32

A convite do vereador Herivelto Oliveira (PPS), a Câmara Municipal de Curitiba (CMC) recebeu, na sessão plenária desta segunda-feira (6), o deputado federal Rubens Bueno (PPS-PR). No quinto mandato em Brasília, o parlamentar defendeu a reforma da Previdência, mas alertou à necessidade de ajustes no texto. A aprovação do projeto, em sua avaliação, não vai atingir os mais pobres, e sim “aqueles que ganham muito e se aposentam cedo”. No entanto, ele disse ser contra as mudanças propostas na aposentadoria rural e no pagamento do Benefício da Prestação Continuada (BPC).

Para Bueno, todos os trabalhadores, do setor público ou privado, devem receber o teto do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), sem abusos ou privilégios. “A Previdência pública é a previdência para atender quem precisa”, continuou. O deputado criticou, por exemplo, categorias do funcionalismo que extrapolam o teto do Supremo Tribunal Federal (STF). “Isso não pode continuar. Como férias de 60 dias. E o mais grave. Essas férias são gozadas e vendidas”, declarou, sem especificar quem seriam tais servidores.

Quanto à tramitação do projeto no Congresso Federal, um dos temas sobre os quais Oliveira pediu que ele falasse, o representante da bancada paranaense apontou que “só na CCJ [Comissão de Constituição e Justiça, da Câmara] demorou dois meses e meio, quando poderia ter resolvido em uma semana”. Em sua opinião, o presidente Jair Bolsonaro e os novos deputados federais “ainda não não têm a experiência e a articulação política adequadas para fazer que as mudanças aconteçam”.

De acordo com Bueno, Bolsonaro era contra a reforma, enquanto deputado e durante a campanha, mas agora “entende a importância da proposta”. “Eu sempre defendi a reforma da Previdência”, acrescentou o convidado. Além do corte de privilégios, ele justificou que a expectativa de vida da população brasileira vem aumentando, o que leva à necessidade de adequações no sistema vigente. A idade média atual é de 76 anos, segundo projeção do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Cidadania 23

Também a pedido de Herivelto Oliveira, Rubens Bueno comentou em plenário a mudança do nome do PPS para Cidadania 23. Acatada em convenção nacional no dia 23 de março, junto a uma Carta de Princípios, a alteração depende da homologação do TSE (Tribunal Superior Eleitoral). “No ano passado, grupos se jovens se filiaram com o compromisso que tão logo terminasse a eleição iríamos discutir a mudança”, explicou.

De acordo com Bueno, a outra proposta de nome era Liberdade, mas Cidadania 23 saiu vitoriosa. Em sua opinião, o desgaste dos partidos políticos ocorre em todo o mundo. Nacionalmente, ele citou outras mudanças de siglas em andamento. Presidente da CMC, Sabino Picolo (DEM) saudou sua trajetória. “Sempre trabalhando em prol daqueles que mais precisam”, comentou o vereador.