Nesta última terça-feira (11), a Câmara Municipal de Curitiba (CMC) realizou uma audiência pública com o tema “Diabetes em todas as fases da vida”. A iniciativa foi do vereador Renan Ceschin (Pode) e reuniu, além de demais vereadores da Casa, representantes da Associação Paranaense do Diabético (APAD), do Instituto da Pessoa com Diabetes (IPD), da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), médicos e nutricionistas. O evento foi transmitido ao vivo pelo YouTube da CMC e aconteceu no auditório do legislativo (407.00043.2025). 

“Hoje nós queremos ouvir experiências, sugestões, reflexões, que nos ajudem a fortalecer o enfrentamento da diabetes em Curitiba. Para garantirmos mais acesso, qualidade no atendimento e suporte às famílias que convivem com essa condição em todas as suas fases, da infância, da vida adulta e da maturidade. Que esse momento mostre nosso compromisso com a saúde, com a dignidade e com o cuidado humanizado”, discursou Renan Ceschin. 

Para a médica e presidente do IPD, Angela Regina Nazário, a maioria dos pais não conseguem identificar os primeiros sintomas da doença nos seus filhos, o que leva ao agravamento dos casos de diabetes. “Uma coisa que trago aqui é que esse acolhimento do Instituto [IPD] para a escola e para a família tem sido muito importante, porque conseguimos levar mais conhecimento à população sobre os riscos e os cuidados com a diabetes”, complementou a médica. 

Angela Regina Nazário também contou que o IPD tem mais 5 anos de parceria com as escolas municipais, o que amplia, segundo ela, o aumento de projetos que ensinam aos pais sobre estratégias de detecção precoce, acesso a insumos e medicamentos, orientação alimentar e acompanhamento multidisciplinar. “A ideia é que ampliemos seus projetos também para as escolas estaduais, assim conseguimos atender os adolescentes com diabetes tipo 1 e tipo 2, além de casos de obesidade”, disse Angela Regina Nazário. 

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Especialistas explicam que é preciso alertar população sobre diabetes 

“A jornada do diabético é muito desgastante”, disse a nutricionista Rúbia Santos, no início do seu discurso. Para Rúbia, quando os pacientes são atendidos nos consultórios não é só a medicação que tem que ser levada em consideração, mas o cuidado como um todo. “Sem medicação é impossível o paciente evoluir, mas ele também precisa ser acolhido, ter uma rede que cuide da sua alimentação, da sua atividade física, e além de tudo ter instruções de como ter uma vida mais saudável, porque não adianta tomar medicação se o paciente não sabe o porque é importante todo o tratamento”, explicou a nutricionista. 

O vice-presidente da APAD, Nivaldo Assumpção, explicou que a dificuldade no acesso aos tratamentos também acaba prejudicando a população a ter informações de como se cuidar de maneira correta. Para o médico endocrinologista da SMS, Alexei Volaco, Curitiba é um exemplo em relação ao controle e instrução sobre a diabetes. “De uns anos para cá, a gente vem especializado o maior número de profissionais possíveis, desde médicos, nutricionistas e psicólogos que possam atender o paciente da melhor maneira”, disse Nivaldo Assumpção. 

Após as explicações, a população expôs seus questionamentos sobre a origem da diabetes em adultos. Os especialistas explicaram que a obesidade está diretamente relacionada ao início da doença durante essa fase da vida. Para eles, é necessário que haja um cuidado com o estilo de vida, desde a alimentação até a prática regular de atividades físicas. No encerramento da audiência pública, Renan Ceschin acrescentou que seus projetos de lei serão direcionados à esse cuidado integral, e não só na disseminação de informações. 

*Matéria elaborada pela estudante de Jornalismo Mariana Aquino*, especial para a CMC.
Supervisão do estágio: José Lázaro Jr.
Edição: José Lázaro Jr.  
Revisão: Ricardo Marques