Conselhos de Pedestres viram sugestão à Prefeitura

por Assessoria Comunicação publicado 03/10/2017 15h20, última modificação 21/10/2021 09h01

A Câmara Municipal aprovou durante a sessão desta terça-feira (3), como sugestão à Prefeitura de Curitiba, a criação de Conselhos de Pedestres nos bairros da cidade, espécie de grupos de trabalho que discutiriam ações com o objetivo de reduzir atropelamentos e mortes no trânsito (saiba mais). O projeto de lei (005.00315.2017) que propunha a medida, de iniciativa dos vereadores Goura e Marcos Vieira, ambos do PDT, havia sido arquivado definitivamente pelo plenário, nessa segunda (2).

Segundo Goura, autor da indicação ao Executivo (201.00359.2017), a proposição segue “a sugestão dada pelo vice-líder [Sabino Picolo, do DEM]”, que defendeu a inconstitucionalidade do projeto, mas sua apresentação  à prefeitura, a quem caberia a iniciativa. Ele argumentou, novamente, que os Conselhos de Pedestres não se encaixariam na inconstitucionalidade apontada: “Eles não são deliberativos, seriam apenas fóruns de discussão na cidade. Vereador Pier [Petruzziello, do PTB, líder do prefeito na Casa], que possamos articular isso com o secretário Rangel [da Defesa Social e de Trânsito]”.

Marcos Vieira completou: “O interesse principal é que as pessoas possam se educar para o trânsito”. De acordo com Goura, desde que Curitiba aderiu ao projeto Vida no Trânsito, em 2012, as mortes caíram de 108 por ano para 62, em 2016, mas os números ainda estão distantes da meta zero, que deverá ser alcançada até 2020. O vereador também alertou à ocupação dos leitos hospitalares por traumas e a acidentes causados pelo uso do celular e fones de ouvido – não só por motoristas, mas também por pedestres. “É um flash, um segundo, que a gente pode perder a vida ou fazer alguém perder a vida. A sugestão é muito importante.”

“A gente poderia articular [os conselhos] em nossos bairros. Estava conversando com vereador Helio [Wirbiski, do PPS], [a implementação] poderia ser similar aos conselhos de segurança [Conseg], que as pessoas conversassem sobre mobilidade, e isso subsidiasse as ações da prefeitura”, continuou Goura. Para Petruzziello, a matéria “é mais que pertinente”. No entanto, o vereador questionou a implantação da iniciativa. “Fui vítima de acidente de trânsito e quase morri. Vejo hoje muito mais como uma questão de consciência e educação. O Conseg funciona com aqueles que querem participar. Eu que estou no bairro todos os dias, muitos não sabem o que é o Conseg”, avaliou o líder.

“Talvez no começo pudessem ser por regionais”, opinou Noemia Rocha (PMDB). Também participaram do debate os vereadores Ezequias Barros (PRP), Mestre Pop (PSC), Professor Euler (PSD), Professora Josete (PT), Oscalino do Povo (Pode) e Osias Moraes (PRB).