Com vinda do secretário de Obras, Câmara discute Linha Verde na quarta

por José Lázaro Jr. | Revisão: Vanusa Paiva — publicado 11/03/2022 10h15, última modificação 11/03/2022 10h33
Requerimento para ouvir o secretário municipal de Obras, Rodrigo Rodrigues, foi aprovado na semana passada.
Com  vinda do secretário de Obras, Câmara discute Linha Verde na quarta

Vista área do lote 4.1 da Linha Verde. (Foto: Daniel Castellano/SMCS)

Com transmissão ao vivo pelas redes sociais da Câmara Municipal de Curitiba (CMC), nesta quarta-feira (16), os vereadores da capital ouvirão o secretário de Obras, Rodrigo Rodrigues, sobre a Linha Verde. A agenda foi solicitada pelas vereadoras Indiara Barbosa e Amália Tortato, do Novo, e o plenário concordou em não votar projetos nesse dia, para que o tempo da sessão fosse utilizado na audiência do representante da Prefeitura de Curitiba.

No dia 20 de dezembro, o Executivo rescindiu o contrato com o Consórcio Estação Solar, formado pelas empreiteiras Vale das Pedras e Construtora Triunfo, devido a atrasos no cronograma do lote 4.1. O prazo para a conclusão do trecho de 2,84 quilômetros era novembro do ano passado, mas na data apenas 20% da obra estava concluída. A rescisão obriga a Prefeitura de Curitiba a fazer nova licitação para a conclusão do trecho, por ora sem data de conclusão.

A situação tem motivado diversos debates na CMC e um grupo de vereadores chegou a propor a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) sobre a Linha Verde (049.00001.2022), mas não conseguiu as 13 assinaturas necessárias para a instalação da CPI. Indiara Barbosa argumenta que realizar uma comissão de inquérito em ano eleitoral pode atrasar a nova licitação, prejudicando a população, além de atrasar os trabalhos na CMC. Em plenário, Euler defendia o contrário, que uma CPI poderia esclarecer a situação.

É a segunda vez que a Prefeitura de Curitiba rescinde o contrato do lote 4.1 da Linha Verde, que compreende o trecho entre a Estação Solar e a Atuba, já na divisa entre Curitiba e Colombo. A licitação desse lote foi vencida pela Terpasul, que assumiu o canteiro de obras em novembro de 2018 e desistiu dele em agosto de 2019, após ter concluído somente 4,16% dos serviços contratados. 

Feito o distrato com a Terpasul, o Executivo convocou o Consórcio Estação Solar, que havia ficado em segundo lugar na licitação. As empreiteiras retomaram as obras em dezembro de 2019, quatro meses depois da saída da Terpasul, e tinham 720 dias para concluir a obra, que não foi cumprido. Nesse período, diz o Executivo, a Vale das Pedras e a Triunfo foram notificadas 95 vezes do atraso antes da rescisão do contrato pela prefeitura.