Câmara de Curitiba homenageia servidores no Dia Nacional do Taquígrafo

por José Lázaro Jr. | Revisão: Vanusa Paiva — publicado 03/05/2022 16h05, última modificação 03/05/2022 16h33
Falando pela Divisão de Taquigrafia da CMC, Adriane Barboza destacou a importância da atividade para a democracia e explicou que a data é alusão à primeira Constituinte do Brasil.
Câmara de Curitiba homenageia servidores no Dia Nacional do Taquígrafo

Equipe de taquígrafos da CMC recebe homenagem em plenário no dia nacional da profissão. (Foto: Carlos Costa/CMC)

Em comemoração ao Dia Nacional do Taquígrafo, nesta terça-feira, 3 de maio, a Câmara Municipal de Curitiba (CMC) abriu espaço para a chefe da Divisão de Taquigrafia, Adriane Reali Koenig Barboza, falar aos vereadores sobre a profissão. Ela explicou que a democracia está umbilicalmente atrelada ao registro dos debates públicos, que a profissão realiza desde o ano de 1823, quando ocorreu a primeira Assembleia Constituinte do Brasil. “Não é à toa que hoje também é Dia do Parlamento”, disse Adriane Barboza, que elogiou o avanço da tecnologia, mas frisou que ela, sozinha, não basta.

“A tecnologia veio para complementar todas as profissões, mas não há no mundo nenhum software que consiga captar a alma do orador e transcrever, ipsis literis, sem erros, a fala humana. Se fosse possível, países mais avançados já teriam feito [essa transição]. A tecnologia pode falhar”, alertou a chefe da Divisão de Taquigrafia da CMC, hoje composta por dez profissionais. Outros três taquígrafos trabalham em outras unidades do Legislativo. “Mesmo com toda a tecnologia, ainda é necessário o elemento humano, com vistas a conferir a fé pública necessária. O taquígrafo é um profissional com fé pública e a profissão é parte da história do processo legislativo brasileiro, acompanhando sua modernização e evolução”, defendeu.

A equipe da Divisão de Taquigrafia compareceu ao plenário para receber os parabéns da Mesa Diretora da CMC, na voz do presidente, Tico Kuzma (Pros), que chamou de dom a capacidade de registro desses profissionais, “que escrevem tão rápido quanto nós falamos”. “Sem a taquigrafia estaria perdido um rico manancial de estudo e de elementos históricos. Desde a Antiguidade, a taquigrafia é o mais eficiente meio de registro de discursos orais em assembleias jurídicas e legislativas”, enalteceu Adriane Barboza.

“Muitos de vocês [vereadores] não nos conhecem, mas nós conhecemos cada um, pois nossa função é saber as características de cada um de vocês, a maneira de falar, e passar para o papel a ideia exatamente como é falada. Nós observamos, escutamos e transcrevemos, palavra por palavra, preservando o estilo de cada orador”, disse a chefe da divisão. A equipe foi aplaudida em plenário e a vereadora Noemia Rocha (MDB) elogiou a Mesa Diretora por ter aberto esse espaço, que ela afirmou ser a primeira vez no tempo dela de CMC que é realizado.