A Câmara Municipal de Curitiba (CMC) aprovou, nesta segunda-feira (3), em primeiro turno, o projeto de lei que declara de Utilidade Pública a Associação Junta Mais. A concessão do título é de iniciativa dos vereadores Jasson Goulart (Republicanos) e Pier Petruzziello (PP) e foi aprovada por unanimidade (014.00028.2025 com substitutivo geral 031.00300.2025). A votação foi acompanhada em plenário por Thais Abicalaf, fundadora da organização da sociedade civil. 

Emitida pela CMC, a Utilidade Pública serve como um atestado de bons antecedentes, facilitando a realização de convênios com o poder público. A concessão do título é regulamentada pela lei complementar municipal 117/2020, que coloca como condições a prestação de serviços de interesse da população, a sede na cidade, a documentação em dia e a apresentação de relatório de atividades.

Associação Junta Mais tem projetos sociais no bairro Santa Quitéria

Durante a discussão, o autor Jasson Goulart destacou o impacto social da instituição. “A história começou simples: um grupo de amigos arrecadando alimentos, ajudando famílias, mostrando que há ações de verdade e que não é preciso esperar ninguém para começar. A Junta Mais se transformou em uma rede sólida de apoio, com mais de 250 voluntários cadastrados, atendendo mil famílias todos os meses, oferecendo consultas médicas, odontológicas, reforço escolar e auxílio direto a comunidades em situação de extrema vulnerabilidade”, afirmou.

Jasson Goulart ressaltou que o reconhecimento é essencial para fortalecer o trabalho da entidade. “A Junta Mais chega onde o Estado não chega; é aquele braço que se estende, que leva empatia, organização e resultado. Quando o governo é organizado, ele vira política pública — e é isso que a Junta Mais faz: organiza o bem e transforma solidariedade em ação concreta”, defendeu. Marcos Vieira (PDT) e Rafaela Lupion (PSD) elogiaram o trabalho da ONG e o simbolismo da proposta. 

Fundada em 2019, a Associação Junta Mais tem sede no bairro Santa Quitéria e atua em áreas como assistência social, educação, meio ambiente, saúde e segurança alimentar. O relatório de atividades apresentado à Câmara descreve atendimentos médicos, odontológicos e nutricionais, revitalizações de escolas públicas e campanhas comunitárias, como a doação de marmitas, cestas básicas e brinquedos.

Entre os projetos desenvolvidos, está o “Novo Amanhã”, que oferece atividades de contraturno para mais de 100 crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social na Regional Portão. “O Novo Amanhã pretende mudar a verdade imposta no território e apresentar novo horizonte para o público em situação de vulnerabilidade e risco social”, diz o documento.

O substitutivo geral aprovado nesta segunda-feira fez apenas ajustes técnicos na redação original. A proposta retorna ao plenário nesta terça-feira (4) para a segunda votação.