Curitiba terá Frente Parlamentar de Inteligência Econômica

por Pedritta Marihá Garcia | Revisão: Ricardo Marques — publicado 26/02/2025 17h30, última modificação 27/02/2025 09h20
A iniciativa busca promover a troca de informações entre órgãos governamentais, instituições acadêmicas e o setor produtivo.
Curitiba terá Frente Parlamentar de Inteligência Econômica

“É uma questão de estar próximo ao cidadão e ser o centro acadêmico, produtivo e efetivamente político da cidade de Curitiba”, disse Rodrigo Marcial (Novo). (Foto: Rodrigo Fonseca/CMC)

Nesta quarta-feira (26), a Câmara Municipal de Curitiba (CMC) aprovou a criação da Frente Parlamentar de Inteligência Econômica. Esta é a oitava frente que será instalada no Legislativo na 19ª Legislatura. Com 11 vereadores e vereadoras, o grupo, que é suprapartidário, tem o objetivo de reunir informações e análises técnicas sobre a economia da cidade para subsidiar a atuação legislativa com dados confiáveis e decisões baseadas em evidências.

Presidente da frente parlamentar, Rodrigo Marcial (Novo) explicou que a iniciativa busca promover a troca de informações entre órgãos governamentais, instituições acadêmicas e o setor produtivo. Entre as atribuições do grupo estão a elaboração de relatórios técnicos, a criação de bases de dados econômicos, a realização de reuniões periódicas e o incentivo à pesquisa sobre políticas públicas municipais.

De acordo com a justificativa do requerimento que pediu a instalação do grupo  (422.00011.2025), a frente parlamentar é necessária para fortalecer o embasamento técnico das decisões legislativas. A proposta considera prerrogativas do Poder Legislativo a proposição, a fiscalização e a avaliação de políticas públicas e destaca a importância do uso de análises baseadas em evidências para aprimorar a eficiência e a transparência na gestão pública.

“Não é uma questão apenas de fazer regras, de fazer leis. É uma questão de estar próximo ao cidadão e ser o centro acadêmico, produtivo e efetivamente político da cidade de Curitiba. [...] O objetivo [da frente] é aproximar esta Casa dos principais líderes do setor acadêmico, das universidades do nosso país, dos representantes do setor produtivo também [...], para que, com as informações derivadas das grandes empresas, das universidades, da própria prefeitura, possamos dar condições para cada um dos vereadores desta Casa pensarem não só nos seus respectivos projetos de lei, ou da Prefeitura, mas, a longo prazo, pensarem nos 300 anos que teremos pela frente”, disse Rodrigo Marcial. 

Além dele, também são membros da Frente Parlamentar de Inteligência Econômica: Bruno Secco (PMB), vice-presidente; Carlise Kwiatkowski (PL), Eder Borges (PL), Guilherme Kilter (Novo), Hernani (Republicanos), Indiara Barbosa (Novo), João Bettega (União), Lórens Nogueira (PP), Olimpio Araujo Junior (PL) e Sargento Tânia Guerreiro (Pode).

A frente parlamentar também pretende monitorar indicadores econômicos do município e avaliar os impactos das políticas implementadas. A iniciativa foi inspirada em experiências internacionais, como o Congressional Research Service, nos Estados Unidos, e o Parliamentary Office of Science and Technology, no Reino Unido, que prestam suporte técnico ao trabalho legislativo. 

Segundo Bruno Secco, a criação da frente parlamentar é uma “iniciativa realmente técnica”. “Será Curitiba sendo discutida com dados, embasamento, informações, com parcerias estratégicas. É uma importantíssima frente parlamentar que vai discutir o futuro da nossa cidade com muita responsabilidade", emendou o vereador. Com a aprovação do grupo, os integrantes vão dar início à organização das primeiras reuniões e a elaboração do planejamento estratégico para o funcionamento da frente parlamentar até o fim da atual legislatura.

O que são as frentes parlamentares?

A criação de frentes parlamentares está regulamentada no ato 3/2013, da Comissão Executiva. Elas são grupos suprapartidários, formados por pelo menos dez vereadores, com a atuação voltada a um tema específico, de interesse da cidade. A frente parlamentar não traz custos adicionais para a CMC, pois às suas atividades é vetada a “contratação de pessoal, fornecimento de diárias, passagens aéreas e demais despesas”. Elas têm direito a solicitar o espaço físico do Legislativo, desde que não haja interferência nas sessões plenárias e nas reuniões de comissões.

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